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A fase suíça do VCT Masters Madrid, para a LOUD, acabou e a equipe conseguiu a sua classificação. Depois de uma estreia complicada, a LOUD avançou no campeonato, com vitórias bem significativas. Eles jogaram contra a FunPlus Phoenix e EDward Gaming, vencendo ambas por 2-0. Confira abaixo um resumo dos jogos:

LOUD x FPX – A reerguida da LOUD

Cauanzin, Less e Tuyz, comemorando a vitória contra a FPX, no VCT Masters Madrid
Cauanzin, Less e Tuyz, comemorando a vitória contra a FPX, no VCT Masters Madrid – Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games

Depois da derrota contra a Gen. G, muitos questionaram sobre o nível da LOUD. Eram criticas acerca da performance individual e em time, escolhas de mapas, composição de agentes e muito mais. Isso acabou criando um sentimento de desacreditação no time, que estava numa situação de eliminação. Contudo, a realidade se mostrou bem diferente.

Durante a série, vimos uma equipe bem mais madura, evoluída e com jogadas bem sincronizadas. O maior erro do time, que estava sendo em sofrer múltiplos abates, foi corrigido e a agressividade voltou com tudo. Eles jogaram os mapas da Sunset e Breeze, sendo o primeiro uma escolha da LOUD e o segundo escolhido pela FPX.

Na questão de composição, vimos novamente a LOUD seguindo o seu padrão, preferindo usar o Phoenix. Querendo ou não, isso vai de acordo com o plano de jogo definido por eles, como foi falado em algumas entrevistas. Com o enfraquecimento de alguns iniciadores, principalmente os de reconhecimento, agentes que oferecem habilidades para lutas se fortaleceram.

Então, no primeiro mapa, Sunset, vimos a LOUD com uma defesa bem sólida. Jogando de Phoenix, Breach, Sova, Omen e Viper, os brasileiros estavam aproveitando bem dos espaços e focando em rotacionar. Do outro lado, a FPX, que jogos de Phoenix, Sova, Harbor, Omen e Chamber, estava tendo um ataque complicado, mesmo com um bom domínio de regiões. A LOUD optava por focar no domínio pós plant, que era quando a FPX estava com a grande parte dos seus recursos gastos.

Na primeira metade, vimos a LOUD com um certo domínio. Mesmo com alguns ataques adversários, eles estavam mais na frente, conseguindo fazer uma primeira metade sólida, terminando por 8-4. Na virada de lados, o ataque da LOUD estava ainda mais forte, acabando com qualquer chance da FPX. O placar final foi de 13-5 e parcial na série de 1-0.

Agora, na Breeze, vimos uma partida mais equilibrada por ambos os times. As equipes jogaram com composições bem diferentes, com a LOUD optando ter a Jett, Kay/O, Sova, Viper e Cypher, enquanto a FPX jogou de Jett, Yoru, Sova, Astra e Viper. De um lado a LOUD jogando focada em controle, do outro uma FPX buscando dominar espaço. Basicamente uma composição que busca neutralizar a outra.

Durante a primeira metade, a defesa da FPX estava muito mais encaixada. Isso se deve a vantagem do mapa, que acaba favorecendo tal lado. Mesmo assim, a LOUD conseguiu encaixar bons rounds, conseguindo buscar um placar menos elástico. No fim, a primeira metade terminou em 7-5 para a FPX. Então, chegou a virada de lados, onde a LOUD começou a dominar na defesa. Mesmo com a equipe chinesa conquistando pontos, o Brasil foi melhor e fechou por 13-11.

O capitão da equipe, Saadhak, foi o Radiante da Série, com uma performance extremamente impactante. Ele jogou de Sova e Kay/O, conseguindo ótimos abates, que acabou sendo demonstrado na sua pontuação média de combate, que foi de 259 pontos. Além disso, ele teve um KAST (abates, assistências, trocas e sobrevivência) de 81%.

O MVP da partida entre a LOUD e a FPX, o capitão da LOUD, Saadhak
O MVP da partida entre a LOUD e a FPX, o capitão da LOUD, Saadhak – Fonte: VALORANT Esports Brasil/X

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LOUD x EDward Gaming – O verdadeiro atropelo brasileiro

stk e AfteR, os coachs da LOUD e EDG, nos picks e bans de mapas, pelo VCT Masters Madrid
stk e AfteR, os coachs da LOUD e EDG, nos picks e bans de mapas, pelo VCT Masters Madrid – Foto: Colin Young-Wolff/Riot Games

A última partida da LOUD, no formato suíço, foi contra outra equipe asiática, sendo dessa vez contra a EDward Gaming. Depois da última partida, as esperanças em cima da LOUD foram restauradas. Eles haviam conseguido consertar grande parte dos erros cometidos na estreia e mostraram uma evolução notável. Por outro lado, o oponente deles eram mais uma equipe asiática, que poderiam surpreender bastante dentro do jogo.

Porém, durante a série vimos algo completamente diferente. A LOUD estava implacável, com uma leitura de jogo em dia e uma adaptação rápida. Isso se deu para ver nos placares, que foram totalmente elásticos. Mesmo que a EDG tentasse entender o que estava acontecendo, acabava que os brasileiros mudavam o estilo e voltavam a pontuar. Os mapas jogados foram Icebox, pela EDG e Sunset, pela LOUD.

Na Icebox, a LOUD iniciou no ataque, aproveitando demais das rotações e avanços lentos. Depois de ganhar nos rounds iniciais, a Verduxa perdeu apenas na rodada bônus, quando a EDG estava melhor armada. Após isso, só deu LOUD, finalizando a primeira metade em 11-1. Quando os lados trocaram, a vantagem e o choque mental era tão grande, que a EDG pontuou apenas uma vez, com a LOUD finalizando em um sólido 13-2.

Por fim, tivemos a Sunset, um mapa que a LOUD domina bem e anda escolhendo ele com frequência. Dessa vez, eles jogaram na defesa e continuaram mostrando um jogo bem impactante. A EDG conseguiu fazer dois ataques bons, nos rounds iniciais, mas depois disso, a LOUD voltou a dominar. O placar parcial foi de 9-3, que logo converteu em um 13-3, marcando essa série como a mais unilateral do VCT Masters Madrid.

O Radiante da Série foi para o qck, o duelista da LOUD. Ele encontrou o seu jogo, conseguindo múltiplos abates, que acabava impactando as táticas e o ritmo da equipe adversária. Sua pontuação média de combate foi de 315 pontos, com um KDA de 38/19/3 e a maior taxa de headshots da partida, com 38%.