
A LOUD conseguiu a sua classificação para os playoffs do VCT Masters Madrid, depois de atropelar a EDward Gaming. Logo após a vitória, Less concedeu uma entrevista exclusiva, contando um pouco mais do próximo jogo, importância da vitória e clima da equipe. Confira logo abaixo todos os detalhes dessa conversa.
“Eu gosto muito do momento que a gente vive e que eu vivo”
Ter uma vitória que acaba classificando é algo muito importante. Entretanto, conseguir se classificar com um placar tão elástico acaba trazendo um aumento da confiança do time. Ainda mais depois de uma estreia complicada, com o time tendo um comportamento tão atipico. Agora, a LOUD espera uns dias para voltar aos palcos, enfrentando a Sentinels nas semifinais. Less comentou sobre a importância desse momento e de uma classificação para os playoffs:
“Nós vamos continuar com o nosso método de trabalho, que é focado a longo prazo. Então, essa vitória de hoje mostra que a gente tá bem, que a gente é top 4 do mundo e que a gente vai continuar evoluindo. Porque isso é uma coisa que eu aprendi lá em 2022, que quanto mais longe você chega no Masters, mais experiência você vai ganhando durante o ano com o time.
Para que, no fim, você possa chegar muito bem para o Champions. Então, realmente essa partida foi muito importante para a gente continuar disputando o campeonato. Conseguindo, dessa forma, com que possamos ter mais partidas, para realmente chegar com bastante experiência no Champions.”
Por mais que o Less transpareça ser uma pessoa mais retraída e até tímida, em certo ponto, é notável ver o quanto ele ama o VALORANT. A performance dele segue numa crescente exponencial, mostrando que ele ainda não está nem perto de chegar no seu pico. Então, o Less comentou o quão importante é o VALORANT para ele, não apenas como um jogador, mas como pessoa, como o Felipe Basso:
“Eu gosto muito do momento que a gente vive e que eu vivo. Principalmente por causa que eu sinto que eu ganho muita experiência sobre a vida. Quando eu entrei no time era muito diferente do momento que eu estou agora. Eu me sinto muito confiante, eu me sinto muito melhor. Parece que eu tenho muita experiência.
Já viajei muito, para todos os cantos. Então, quando a gente vem viajar, como está sendo aqui em Madrid, por exemplo, eu já sei tudo que vai acontecer. Tenho esperança do hotel ser legal, se eu acho que a viagem vai ser chata. Então realmente é uma experiência de vida que eu tenho e que é muito legal.
Até porque eu tô tendo essa experiência bem mais novo, do que normalmente acontece. Isso acaba me impactando também dentro de jogo, porque eu fico mais alegre e isso me deixa mais confiante. Parece que a partida vira mais uma partida e não um grande desafio para mim.”

Mesmo o Less sendo muito novo, ele é um dos principais pilares da LOUD atual, junto do Saadhak. Seu período de estreia na equipe já passou e agora ele está consolidado na equipe. Desde a sua função dentro de jogo até fora dele, acaba sendo crucial para aqueles que estão entrando. Less comentou um pouco sobre suas funções dentro de jogo e de ser um pilar:
“Em relação de ser um pilar, eu sinto que eu sou um deles, junto do Saadhak. O manito acaba ficando mais concentrado nas partes táticas, que envolve mais dentro de jogo. Enquanto isso, eu tento trabalhar mais junto dos meninos, em relação a confiança deles. Eu sei que eu tenho um papel muito importante no time.
Eu busco passar mais confiança no time. Porque querendo ou não, acaba que tem partidas ou dias que você pode chegar frio. Com isso, eu sempre tento passar confiança para os meninos, dizendo que eles estão com muita mira, ajudar na confiança deles. Esse é um dos papéis onde eu trabalho e acaba que as pessoas acabam não vendo no geral.”
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Quando o cauanzin e o tuyz chegaram na equipe, era exigido que os jogadores tivessem mais responsabilidade, principalmente o Less. No fim, vimos como foi fácil a adaptação de ambos os jogadores, que performaram muito bem, em pouco tempo. Contudo, a chegada do qck é bem diferente.
Sua experiência passada, desde a FURIA no Brasil até as franquias, acabou tornando o jogador mais experiente. Isso acaba tornando a forma de trabalhar com o jogador bem diferente. Less comentou de como foi esse processo com o qck:
“Então, o processo de lidar com o quick foi um pouco diferente. Porque eu não ia explicar para ele como é que funciona uma viagem ou como é que funciona enfrentar um time de outros países. Ele realmente sabe sobre isso. Então, o que eu tentei passar para ele foi realmente uma confiança de que ele poderia confiar no time.
Até porque isso é uma coisa que acontece muito em times que não estão indo tão bem nos campeonatos. Você sempre tem a pressão de ter que performar, se não vai ser você o cara que vai ser expulso. E acho que o que a gente mais passou pro quick, realmente foi que não existe isso na no nosso time.
Se ele desempenhar bem um jogo e desempenhar mal em outro, realmente a nossa opinião sobre ele vai continuar igual. Principalmente porque ele é um bom jogador e faz parte do time, da família.”

Uma coisa que se ouve falar muito da LOUD é sobre a bolha. Em diversas preparações e campeonatos, os jogadores dizem que gostam de se trancar na bolha e não deixar nada entrar nela. Contudo, uma questão fica no ar, como que se prepara os novatos para entrar nessa tal bolha e o que seria ela? Less respondeu sobre isso:
“O que a gente faz é uma brincadeira do nosso psicólogo, onde a gente cria uma bolha e essa bolha só tem a galera do time. Só tem nós do time e de todos que estão com a gente, como o boia, que é o nosso manager. Só realmente a galera que tá vivendo com a gente. Então a gente faz a meio que a interação de não deixar pessoas de fora entrar na bolha.
Essas pessoas seriam a torcida, os haters, a rede social. Então, quando o quick entrou no time, nós percebemos que ele não era um cara que estava acostumado a isso. Ele era um cara que estava mais acostumado a ver coisas do Twitter depois do jogo. Então meio que nós passamos uma orientação para ele.
O momento onde acontece um campeonato, é o momento onde a gente nem lê a rede social. Por exemplo, o Saadhak fica umas duas semanas sem ler alguma coisa no Twitter. Ele realmente só entra, posta e sai. Porque realmente não é uma coisa saudável, pode acabar interferindo dentro de uma jogada, dentro de uma partida. Então a gente tem essa regra dentro do time.”
Para finalizar, temos a questão do novo calendário competitivo de VALORANT. Por conta de ter mais um VCT Masters e campeonatos entre eles, acaba criando uma sensação de tempo corrido. Por conta disso, podemos imaginar o tamanho do estresse e cansaço que os jogadores possam passar. Less comentou sobre esse calendário novo e da sensação de estresse:
“Então realmente é um calendário bem duvidoso. A gente sabe que, provavelmente, eles fazem esse calendário apressado para que a Champions não bata as datas com o Worlds. Deve ser esse motivo, só que realmente é uma coisa muito complicada. Porque a gente nem sentiu ainda os efeitos.
Querendo ou não, estamos apenas no terceiro mês. Acredito que alguma coisa possa acontecer posteriormente, quando ali a gente tiver no sétimo um mês, perto da Champions. Principalmente porque a gente não vai ter parado, como foi no ano passado. Tivemos o Masters do Japão, que assim que acabou eu pude ir para o Brasil, assim como foi após a Dinamarca. Então, realmente a gente parava um pouco, ia para nossa casa, mas esse ano não vamos ter nada disso, então realmente vai ser bem difícil.”