Nas últimas semanas, um assunto estava sendo levantado em peso nas redes sociais – a união CBLOL e LCS. Depois de muitas especulações e conversas, a Riot Games anunciou as suas mudanças para 2025. Além de termos um novo campeonato internacional, teremos mudanças significativas na LCS, CBLOL e LLA. Para não ficar perdido, vamos entender tudo isso que vai acontecer no nosso próximo ano.
Um novo campeonato internacional

Uma das novidades, foi algo que a comunidade estava pedindo há muito tempo, um novo campeonato internacional. Ainda sem nome definido, o novo torneio vai acontecer no início do ano, mais preciso no mês de Março, reunindo uma equipe de cada região (LCK, LPL, LEC, APAC e Américas).
As equipes que avançarem para esse novo campeonato internacional, participarão de um formato todos contra todos. Todas as regiões vão disputar uma partida contra a outra, numa série de partidas. As quatro melhores equipes desta etapa vão avançar para uma chave, e a grande vencedora do torneio será coroada ao final de uma rodada internacional de seis dias.
Isso vai ajudar tanto os times como a torcida, a entender um pouco mais do ano competitivo, que costuma ter muitas mudanças. Além disso, ao que se dá para entender, depois de algumas especulações, 2025 vai ser um ano repleto de novidades dentro do League of Legends. Ou seja, um campeonato Kickoff pode ajudar bem o início do split.
De acordo com o Riot Games, em seu artigo de anúncio, eles disseram o seguinte sobre o novo campeonato:
“Sendo um evento de início de temporada, o novo torneio/etapa permitirá que os profissionais e os fãs possam ver tudo que a nova temporada competitiva de League of Legends tem a oferecer. Nosso plano é usar esse evento anualmente para explorar diferentes formatos competitivos e trazer inovações incríveis para o cenário profissional logo no início de temporada.”
Fearless Draft em todas as ligas
Outro anúncio foi a implementação do Fearless Draft nos jogos regionais e internacionais, sendo apenas para séries de partidas múltiplas, as famosas MD3 e MD5. Isso vai ajudar a dar uma renovada no sistema competitivo, trazendo à tona a criatividade dos times participantes. Para quem não conhece o Fearless Draft, vamos dar uma breve explicação.
Esse formato vem sendo testado na LPL e está sendo mundialmente aceito e observado. Com ele, os campeões jogados durante a partida, não podem ser jogados a seguir, ficando banidos durante a série. Ou seja, em uma melhor de três mapas, poderemos ter 10 campeões banidos, diminuindo bastante as opções em algumas rotas.
Além de dar uma variedade maior nas opções jogáveis, iremos ver confrontos mais agitados. Isso é uma mudança bem grande dentro do cenário competitivo. Havia anos em que a Riot Games não mexia dentro do sistema de draft nas partidas. Então, teremos algo unificado em todas as ligas.
O fim do CBLOL

Uma das maiores polêmicas é sobre as novas ligas multi-regionais, que vão acontecer nas Américas e APAC. Antes de tudo, o CBLOL não vai acabar! O Riot Games, depois de algumas análises, principalmente sobre sustentabilidade financeira, decidiu que o sistema de franquia atual não estava funcionando.
A Riot Games disse um pouco sobre esse novo modelo comercial e de estrutura competitiva:
“Além de otimizar nosso modelo comercial com as equipes profissionais, também buscamos formas de aumentar a competitividade e a relevância de nossas ligas regionais. Para isso, começaremos a conversar com as equipes em sete de nossas regiões sobre nossa intenção de criar ligas multirregionais. Os fãs dos Esports do LoL gostam muito das batalhas entre regiões, e existe uma paixão atrelada ao orgulho geográfico.”
Com isso, eles decidiram mudar um pouco como vai funcionar o CBLOL, a LCS e a LLA. Basicamente, as ligas do CBLOL e da LCS terão um tamanho reduzido, com apenas 6 times regionais. Além disso, eles vão abrigar uma equipe do LLA, sendo que o CBLOL terá algumas do LAS e a LCS terá uma da LAN.
Para completar 8 times, uma equipe será convidada. Além disso, a Riot Games está utilizando dos nomes de ”Conferências”, referindo a Sul para o CBLOL e a Norte para a LCS. Ou seja, no CBLOL, teremos a perda de 4 equipes e a grande questão é: O que vai acontecer com elas? A resposta é o novo Tier 2. Vai surgir um novo campeonato, onde uma equipe vai ganhar uma vaga para a liga principal.
Contudo, a equipe não irá ficar eternamente na liga. Sua permanência será anual, tendo que se manter vitoriosa para se manter na liga principal. Sobre o tier 2, a Riot disse o seguinte:
“Uma vantagem de reestruturar as Américas é que podemos experimentar inovações que nossa estrutura anterior não permitia. Nesse caso, incorporando uma vaga de equipe convidada no Tier 1 do sistema de Tier 2.
As melhores equipes do Tier 2 vão competir em um torneio de promoção/rebaixamento ao final de cada temporada das Américas contra a equipe convidada de cada conferência. A equipe vitoriosa garantirá uma vaga na respectiva conferência para a temporada seguinte, possibilitando um fluxo contínuo de talentos e dinamismo competitivo na liga.”
E como vai ser a classificação internacional?

Com essas mudanças, algumas pessoas acharam estranho, porque não faz sentido diminuir a quantidade de times, mas sem ter algo em troca, como uma disputa de regiões. E é exatamente isso que vai acontecer. Como falamos anteriormente, teremos três campeonatos internacionais e o terceiro deles terá uma equipe das Américas. Ou seja, teremos mudanças:
- Etapa 1 – As equipes competirão em suas respectivas conferências, com as melhores se qualificando para partidas entre conferências. Uma única equipe sairá qualificada para o novo torneio global;
- Etapa 2 – Para o MSI, a melhor equipe de cada conferência terá sua vaga garantida, totalizando duas equipes das Américas;
- Etapa 3 – Um Campeonato Regional das Américas determinará as três equipes que avançarão para o Worlds, com ao menos uma equipe de cada conferência.
Sistema de imports modificado
Outra dúvida grande que ficou no ar foi no sistema de import existente dentro do cenário atual das Américas. A princípio, as equipes podem contar com até dois jogadores estrangeiros, vindos de qualquer lugar do mundo. Não existe a necessidade de ser apenas dois sul coreanos, como é o comum. Os times podiam ter jogadores europeus, como foi com a Vivo Keys Stars, no início de 2024, tendo o francês Toucouille e o sueco Smiley.
Com o novo sistema competitivo, a região das Américas passa a ter um modelo novo de imports. As equipes ainda terão o limite de dois imports e a possibilidade de ter um jogador das Américas. Ou seja, uma equipe brasileira pode ter dois sul-coreanos, dois brasileiros e um jogador do LLA ou da LCS. O mesmo funciona para as equipes da LCS.
Isso não deve mudar muito o sistema de formação das equipes no Brasil, mas pode mudar um pouco a estrutura dos times dos Estados Unidos. Poderemos ver alguns talentos brasileiros sendo contratados por times da LCS. Esse movimento já aconteceu no VALORANT, com o Sacy indo para a Sentinels e o aspas para a Leviatán.

Novo modelo econômico, RGR
Para finalizar, a Riot encerrou dizendo sobre o sistema de Reserva Global de Receita, o RGR. Essa reserva visa ajudar na sustentação das ligas e dos times, permitindo a sobrevivência deles, uma vez que o cenário de Esports não é sustentável. Confira as palavras da Riot Games:
“Acreditamos firmemente que o futuro que estamos criando beneficiará fãs, profissionais e equipes. Nosso esporte será mais consistente e fácil de acompanhar, terá mais eventos empolgantes e buscará mais sustentabilidade financeira, incluindo um melhor suporte da nossa Reserva Global de Receita (RGR). Dito isso, é importante reconhecer que essas mudanças também nos fizeram tomar algumas decisões complicadas para tornar tudo uma realidade.
Nossa proposta reduz o número de equipes dentro do ecossistema de Tier 1. Falando diretamente, temos equipes demais nesse Tier para serem apoiadas de maneira sustentável. Reduzindo esse número, conseguiremos focar a ajuda da RGR, garantindo que as receitas serão distribuídas entre menos equipes, aumentando o valor que cada equipe recebe. Isso também deve ajudar a concentrar os jogadores, facilitando o acompanhamento dos fãs em um ecossistema mais consistente, sem falar na criação de partidas de maior qualidade.”