Chegamos a última semana do VCT Américas e vimos todas as equipes brasileiras encerrando a sua participação na competição. A MIBR, FURIA e LOUD subiram no palco pela última vez, pelo ano de 2024.
Todos os times não tiveram chance de classificação e fizeram o último jogo já eliminados. Contudo, vimos a MIBR e a LOUD vencendo e a FURIA tendo um jogo bem adulto contra a Leviatán. Confira abaixo um resumo completo dos jogos:
MIBR x Evil Geniuses – MIBR fechando a temporada com chave de ouro

O ano da MIBR foi bem conturbado, sem sombra de dúvidas. Depois de um bom Kickoff, o resto do campeonato foi repleto de derrotas. Com isso, eles decidiram fazer uma grande mudança, trazendo três novos jogadores, liazzi, rich e Palla. O projeto, desde o começo, era focado a longo prazo e deixar os novatos mais confortáveis.
Mesmo com tudo isso, muitos queriam ver a vitória da equipe, para que eles pudessem encerrar o ano mais contentes. Então, tivemos a partida contra a Evil Geniuses. No passado, em 2023, a equipe da EG necessitou de um resultado impossível da MIBR, para conseguir se classificar. Na ocasião, a MIBR teve um jogo mágico contra a 100 Thieves, gerando vários memes na comunidade do VALORANT internacional.
Resumo dos mapas
O placar final foi de 2-0, com a escolha de mapas ficando da seguinte forma: Bind, uma escolha da EG, Lotus, que foi a escolha da MIBR e ainda poderia ter Sunset como o mapa decisivo. Nas composições vimos a MIBR surpreendendo um pouco, principalmente no primeiro mapa. Eles mostraram uma Deadlock, que deu uma mudada na forma de jogar no mapa.
Então, aproveitando a abordagem dos agentes, no primeiro mapa, Bind, vimos a MIBR apostando com uma composição de dois Sentinelas. Com o Cypher e Deadlock, eles tinham muita informação e proteção. Tanto que a defesa deles foi muito mais forte. A primeira metade, onde eles estavam atacando, terminou com um placar de 7-5 e logo em seguida o mapa fechou com um placar de 13-9.
Por fim, chegamos no mapa da Lotus, onde era uma escolha da MIBR e eles doutrinaram a EG. Mesmo jogando contra uma composição de dois Iniciadores, eles conseguiram avançar bem, garantindo um ataque dominante. A primeira metade da MIBR fechou em 10-2 e eles foram para a defesa bem encaminhados. Com isso, sem dar chance para EG respirar, os brasileiros terminaram o mapa por 13-2, conseguindo a sua vitória no VCT Américas.
Quem foi o Radiante da Série foi o artzin, que fez uma partida muito boa. Ele jogou de Cypher e Viper, conseguindo uma Pontuação Média de Combate de 234 pontos. Entretanto, se for comparar apenas o PMC, o Palla estava na frente, com 263 pontos. O que diferenciou a performance dele com os demais companheiros foram os números:
- PMC: 234 pontos
- KDA: 31/21/13
- KAST: 81%
- Dano Médio por Round: 157 de dano
Leviatán x FURIA – Aspas enterrando a Pantera

Em seguida, tivemos o último jogo da FURIA e contra um time poderoso, a Leviatán. A jornada da FURIA no último split do VCT Américas foi algo muito forte. Eles conseguiram vitórias e jogos bons contra quase todos os times. Com exceção da partida contra a Evil Geniuses, os demais jogos da FURIA, mesmo com a derrota, foram muito bem jogados.
Na partida contra a Leviatán, era esperado um confronto difícil, principalmente pelo nível dos seus adversários. Mesmo com placares elásticos, o jogo da Pantera foi bom, mostrando que eles estão no caminho certo para o crescimento. Inclusive, esse é um dos pontos levantados para o futuro da equipe. Muitos desejam que a FURIA se mantenha para 2025, conseguindo aperfeiçoar o trabalho e performar muito melhor no ano seguinte.
Resumo dos mapas
Nas escolhas de mapas, tivemos o pick e ban seguindo da seguinte forma: Sunset, como uma escolha da Leviatán, Icebox, que foi escolhido pela FURIA e ainda teria a Bind, como o mapa decisivo. No quesito composição, vimos os dois times apostando em ideias bem diferentes, em ambos os mapas. Contudo, nada de muito diferente, apenas mostrando como a ideia dos times eram distintas.
Durante a Sunset, vimos a Leviatán jogando com Neon, Breach, Sova, Omen e Cypher. Essa composição entregava velocidade e muito poder explosivo. Por outro lado, a FURIA jogou com a Jett, Kay/O, Sova, Omen e Cypher. O plano parecia ser de busca de informação e neutralizar os avanços explosivos. Contudo, aparentemente isso não conseguiu se encaixar muito bem.
Pelo lado de ataque, a Leviatán estava sendo implacável. Os avanços da Neon, com os stuns do Breach eram bem fortes, dificultando a defesa da Pantera. Por conta disso, vimos a primeira metade terminando com um placar de 8-4. Na virada de lados, a Leviatán entendeu como deveriam jogar contra a FURIA e avançaram para cima deles. No fim, o mapa finalizou com um placar de 13-6.
Em seguida, tivemos o mapa da Icebox, um mapa onde a Leviatán joga muito bem, mas a FURIA optou por jogar ele. O fato se deu por conta da performance extremamente positiva da equipe. Nas últimas três partidas, a FURIA ganhou em todas as ocasiões, contra a 100 Thieves, por 14-12, LOUD, por 13-10 e MIBR, por 13-7.
Contudo, a Leviatán também tem um mapa muito forte. Eles apresentam uma composição com apenas um iniciador e dois controladores. Com isso, o jogo deles fica muito mais agressivo e explosivo, com entradas rápidas, por conta do Harbor e Viper. Com isso, vimos a defesa tendo um certo problema, que ainda assim terminou em 7-5 para a Leviatán. Porém, no ataque, vimos a força da composição, que fechou o mapa por 13-6.
Quem foi o Radiante da Série foi a estrela da Leviatán, o lendário aspas. Sua Pontuação Média de Combate foi de 308 pontos, que foi bem superior aos demais jogadores. A performance do aspas vem sendo uma das mais notórias há muito tempo. Além disso, cada dia que passa, ela fica cada vez melhor, junto de novos agentes, como a Neon. Confira os demais números da partida:
- PMC: 308 pontos
- KDA: 42/18/10
- KAST: 79%
- Dano Médio por Round: 197 de dano
LOUD x 100 Thieves – A despedida da Verduxa com uma vitória surpresa

Para finalizar a campanha das equipes brasileiras, tivemos o adeus da LOUD. Não se pode negar que o ano do nosso campeão mundial foi bem atípico. Depois de algumas tomadas de decisões estranhas, eles buscaram corrigir os erros, mesmo com pouco tempo. Tuyz começou a ficar nos duelistas e o Saadhak voltou a jogar com os seus iniciadores e na função de capitão do time.
Durante o jogo, os torcedores já estavam esperando o pior, ainda mais depois das últimas entrevistas. Os jogadores aparentavam um clima de despedida e de muito desgaste. Inclusive, depois do primeiro mapa, todo mundo já esperava um apagão total do time. Contudo, com uma resiliência incrível, eles conseguiram retornar bem para o palco, conseguindo vencer a série por 2-1.
Resumo dos mapas
Os picks e bans de mapas do confronto entre a LOUD e a 100 Thieves ficou da seguinte forma: LOUD escolheu a Ascent, em seguida, a 100 Thieves escolheu a Bind. No fim, a Lotus ficou como o decisivo. Nas composições, não vimos grandes surpresas, a LOUD seguiu o plano, com o Tuyz de duelista, o Less consolidou com o Cypher e o Saadhak como o iniciador do time.
Durante a Ascent, a LOUD jogou com uma versão diferente da sua famosa composição, usando um Cypher no lugar da famosa Killjoy. No jogo, tivemos uma partida completamente dominada pela 100 Thieves. Eles tiveram uma defesa absoluta, acabando com qualquer chance da LOUD. Tanto que, por conta disso, muitos esperaram que a derrota brasileira seria rápida e amarga. O placar final foi de 13-1, deixando um sabor horrível na boca da torcida da LOUD.
Em seguida, tivemos a Bind, um mapa onde vimos as equipes seguindo o padrão. Na primeira metade, vimos a LOUD bem diferente. Com uma mentalidade resetada, eles apresentaram um bom ataque no mapa. Por conta disso, eles conseguiram empatar na primeira metade e foram para a defesa com um plano único, vencer. Então, sem dar muita brecha para a 100 Thieves, a LOUD fechou o mapa, por 13-8, conseguindo empatar a série.
Por fim, chegamos ao terceiro e decisivo mapa, a Lotus. Inicialmente, pelo lado de defesa, a LOUD estava conseguindo dominar o mapa. A tática deles era muito focada no redominio, deixando a 100 Thieves avançar e matando depois na velocidade. Com isso, eles conseguiram uma primeira metade terminada em 7-5. Na viraram de lados, a 100 Thieves repetir o feito da LOUD, mas não conseguiram tanto impacto. Com isso, a LOUD conseguiu a sua vitória, por 13-10, vencendo a sua última série do VCT Américas.
Quem recebeu o Radiante da Série foi o pANcada. O jogador, que atua como o controlador da equipe, teve mais uma partida imponente. Os seus números não foram melhores que os de alguns adversários, mas ele apresentou um jogo muito consistente. Confira os detalhes:
- PMC: 221 pontos
- KDA: 46/38/24
- KAST: 78%
- Dano Médio por Round: 143 de dano