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Suporte da LOUD, o tricampeão Ceos, jogador que vem sendo alvo de diversos comentários sobre aliciamento
Suporte da LOUD, o tricampeão Ceos, jogador que vem sendo alvo de diversos comentários sobre aliciamento – Fonte: Foto/CBLOL

O cenário brasileiro de League of Legends vem comentando apenas uma coisa, o caso de poaching (ou aliciamento, conforme chamado em português), em cima de um jogador do CBLOL. Em uma apuração feita pelo portal do ge, o jogador da LOUD, Ceos, foi alvo de aliciamento. A organização KaBuM! Esports entrou em contato com o suporte, de forma irregular.

Por conta disso, a LOUD estaria entrando em investigação, com a Riot Games, para tomar as devidas providências. De acordo com a informação levanta pelo jornalista Gabriel Oliveira, a conversa começou com uma pessoa em comum de ambas as partes. A arquiteta, conhecida no cenário de Esports, Tata Wu, conversou com o tricampeão, provocando todo o caso.

Então, para entender mais sobre o caso, vamos voltar alguns passos. Vamos entender o que é aliciamento, os motivos de existir uma política dessas, alguns casos passados. Claro que, iremos aprofundar, ainda mais, sobre esse caso, entendendo as suas nuances e outros detalhes.

Entendendo o caso Ceos e o aliciamento

Para começar, vamos entender alguns detalhes sobre o caso de aliciamento. Como falamos anteriormente, conforme foi apurado e postado pelo jornalista Gabriel Oliveira, a LOUD está entrando em contato com a Riot Games, pela política de antialiciamento. O suporte tricampeão da Verduxa, Ceos, sofreu um aliciamento, por parte da KaBuM! Esports.

Durante uma entrevista feita pelo Ilha das Lendas, com o CEO da LOUD, Jean “loudgods”, o empresário citava, por diversas vezes, algo como ‘ta 2x’. Muitas pessoas acharam isso estranho, falando que o CEO estava se portando de forma estranha. Então, um usuário do Twitter começou a alinhar as coisas e chegou no nome da arquiteta Tata Wu.

A pessoa em questão é extremamente conhecida no mundo dos Esports, aparecendo em diversos vídeos de bastidores da organização. Por exemplo, na Grande Final do CBLOL, em Recife, a mesma estava com os jogadores da LOUD, fazendo algumas orações com eles. Além desse contato com a Verduxa, a arquiteta participou de diversos projetos com organizações brasileiras, montando os seus centros de treinamentos e offices.

Momentos depois, as notícias que a Riot Games estava sendo acionada, por conta do caso de aliciamento começaram a surgir. Até que então, no final das contas, alguns comentaram pararam de acontecer. Inclusive, em um dos vídeos do streamer e ex-jogador, Minerva, ele conversou com o Jean e o mesmo estava em uma reunião com a Riot Games.

Por conta disso, algumas questões acabam surgindo, deixando as pessoas confusas. O que isso pode acarretar, tando para a LOUD, como para a KaBuM!, Ceos e a Tata Wu? Porque o aliciamento, no League of Legends, é proibido? O que significa aliciamento? Isso já aconteceu antes?

Para tais perguntas, seguem as respostas:

Quais o impacto, caso se confirme o aliciamento?

Então, vamos entender o que isso pode acarretar. A política imposta pela Riot Games, lá em 2015, trata isso de uma forma bem simples, mas com algumas complicações envolvidas. O modo padrão, é multar a organização infratora, com valores que variam, de acordo com a investigação e análise.

Em diversos casos, vemos penalidades diferentes. Por exemplo, um dos casos mais famosos do cenário brasileiro de League of Legends, o do Loop. O jogador ficou afastado do cenário competitivo por 1 ano, por conta dos problemas envolvendo a paiN e INTZ. Por outro lado, o Sacy passou por um caso similar, com a INTZ. Contudo, houve uma multa de R$ 5 mil reais e a suspensão de um dos donos, por 10 meses, nos estúdios do CBLOL.

Ou seja, os impactos são diversos. O que se tem que analisar é como isso vai impactar no cenário atual. Por conta das franquias, as regras são mais estreitas e as coisas são resolvidas em conjunto. Então, caso o que está acontecendo com o Ceos se confirme, podemos chegar em alguns cenários:


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Então, o que é aliciamento? Como se faz para caracterizar um?

Ceos, jogando durante a Fase de Entradas do Worlds 2023, pela LOUD
Ceos, jogando durante a Fase de Entradas do Worlds 2023, pela LOUD – Fonte: Foto/Colin Young-Wolff/Riot Games

Então, falamos um monte sobre aliciamento, mas o que é isso? De forma simples, é um modo indireto de convidar um jogador a entrar em uma organização, sem que a conversa passe pelas organização. O famoso boca a boca. Para exemplificar melhor, vamos pegar o caso do Ceos.

A Tata Wu, chegou de forma informal, como uma representante da KaBuM! Esports, convidando o suporte da LOUD a deixar sua atual organização e ir ser um dos reforços dos Ninjas. Com isso, a conversa não passou pela diretoria dos dois times, passando a ser caracterizado como um aliciamento.

Contudo, como já se deve imaginar, mesmo com a regra sendo criada, aliciamento deve acontecer a todo momento. E pasmem, sim, isso acontece com certa frequência. O contato dos jogadores, staff, donos de organizações, são muito próximos. Essas pessoas frequentam os mesmos locais, participam de festas, conversam por aplicativos.

Ou seja, existem aliciamentos dentro do cenário brasileiro, até porque a lei permite essa brecha. Como essas negociações informais acontecem em ambientes onde não se tem controle, não existe uma forma de proteger 100% as organizações. Inclusive, um dos nomes influentes do cenário, o Eric “Ericat” Teixeira, comentou sobre:

Conhecendo a Política Interregional de Antialiciamento da Riot Games Brasil

Essa regra foi criada em 2015, quando um dos casos mais impactantes aconteceu no cenário nacional. O jogador e agora streamer, André Eidi “esA” Yanagimachi, estava suspenso competitivamente, por conta das punições por ‘Elo Job’. Dessa forma, ele foi chamado pela KaBuM! Esports, para atuar como coach, mas com a intenção de entrar para a equipe, assim que a punição tivesse seu tempo passado. Até que então, em um determinado dia, o jogador foi convidado por outro jogador, para fazer parte da Keyd Stars.

Ou seja, estava acontecendo um aliciamento bem claro. Por conta da proposta ser muito mais interessante, esA acabou aceitando e mudou de equipe, sem ter nenhum acordo formal entre as organizações. Na época, a regra não havia sido criada. Então, para se resguardar, a equipe da KaBuM! levou o caso para as vias jurídicas.

Desde então, a Riot Games Brasil organizou a PIAA, conseguindo assegurar com que as equipes não fossem mais lesadas por tais atitudes. Com isso, outros casos acabaram sendo resolvidos de forma mais simples, sem a necessidade de processos. A própria Riot Games Brasil, junto de seu corpo jurídico, analisa a situação, faz as suas investigações e pune, caso seja necessário.

Confira o que a Riot Games cita em seu artigo sobre a PIAA:

“O que é a Política Interregional de Antialiciamento

  • Nenhum membro de organização pode entrar em contato direto com jogadores sob contrato com outras organizações.
  • De maneira similar, nenhum jogador sob contrato pode contatar diretamente membros de outras organizações.
  • Jogadores e organizações que desrespeitarem esta política estão sujeitos a penalidades.
  • Organizações interessadas em negociar jogadores sob contrato devem procurar primeiro a gerência da organização atual deste.
  • Jogadores sem contrato são livres para procurar potenciais empregadores e vice-versa.”

Ela ainda diz sobre os motivos de adotarem tais regras:

“Em suma, proteções contra aliciamento são importantes para a estabilidade tanto de organizações quanto para evitar problemas com a integridade competitiva. É importante que, durante a temporada, os jogadores não sejam distraídos de seus treinos e preparações, sendo tentados a atuar a menos do que 100% de seus esforços por ofertas recebidas.

Quando um jogador assina contrato com uma equipe, ele está acordando atuar em seu maior nível e ser compensado por seus esforços. Quando contratos são encerrados abruptamente, gera-se um ambiente caótico para as equipes e pessoas envolvidas, e prejudicam a estabilidade do ecossistema competitivo.

Em última instância, o valor do contrato é de mão dupla. Para jogadores, contratos provêm estabilidade e a promessa de compensação por seu trabalho. Para equipes, contratos garantem que o jogador contratado representará a equipe e, caso queira sair, que a gerência desta equipe deverá estar nas discussões. Esta é uma dinâmica importante de se preservar, e a Política de Antialiciamento é uma das maneiras de fazer isso.”