
O primeiro split do CBLOL acabou e temos o nosso representante no MSI 2024. A LOUD venceu, mais uma vez, a competição, conquistando o seu tetracampeonato seguido. Tal marco nunca foi feito por nenhuma outra equipe. Porém, o que isso significa para o Brasil? O que muda ter uma equipe dominando o cenário nacional e indo para as competições internacionais por 2 anos? Vamos entender mais sobre isso nesse artigo, onde vamos analisar a vitória da LOUD e os impactos.
LOUD x paiN – Mais uma final e o mesmo resultado
A grande final do CBLOL 2024 foi do jeito que muitos esperavam. Novamente vimos a LOUD e a paiN Gaming se encontrando, marcando ainda mais essa rivalidade entre as equipes. O resultado final foi de 3-2, com a paiN conseguindo fazer um 2-1 de forma tranquila. Contudo, depois de uma leitura assertiva, a LOUD voltou pro jogo e se consagrou como tetracampeã seguida.
Essa série se focou em cima de dois nomes, Robo, pela LOUD e TitaN, pela paiN. Enquanto o Robo poderia alcançar a marca do jogador mais vencedor da história do CBLOL, o TitaN era considerado como o grande salvador da Tradicional. Inclusive, durante as partidas ganhas, por ambas as equipes, os dois jogadores tiveram muito destaque.
Durante o primeiro mapa, vimos a LOUD cometendo alguns erros no início do jogo e isso favoreceu o time adversário, que necessitava de tempo para escalar. Contudo, em um Barão desesperado, a paiN acabou sofrendo uma punição muito pesada, junto do roubo com o Redbert. Com isso, a LOUD foi conseguindo mais e mais abates, até conseguir fechar o jogo.
Em seguida, a LOUD começou muito bem, com uma composição sólida. A paiN havia pensado em montar uma tática de inversão, mas acabaram pecando na execução e tendo problemas por conta disso. No decorrer da partida, a paiN foi conseguindo alguns abates e fecharam o jogo, empatando a série.
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No terceiro jogo, vimos o Wizer escolhendo um campeão peculiar, mas que é um counter muito conhecido da Rek’Sai, o Urgot. Com isso, ele foi conseguindo muita pressão na lane e distribuindo nas lutas. À medida que o tempo foi passando, era complicado a LOUD ter uma luta favorável, com o mapa terminando em favor da paiN, que chegaram no match point.
Enfim chegamos no quarto mapa, onde a LOUD compreendeu os problemas passados e corrigiram, logo nos picks e bans. Eles verificaram que a Tristana e o Maokai favoreciam as lutas da paiN. Além disso, deram prioridade ao Jax do Robo, mesmo como uma escolha às cegas. No fim, tais decisões foram certeiras, com eles conseguindo vencer a partida e empatando a série.
Então, chegamos ao quinto mapa, algo que nunca havia acontecido entre paiN e LOUD. Logo de início, vimos a LOUD dando prioridade no Jax, que era se mostrou um pick muito importante para eles. A paiN voltou a dar prioridade na Kalista, querendo dar prioridade no early game. Contudo, isso acabou não acontecendo e as tomadas de decisões da LOUD estavam muito mais assertivas.
No fim, o jogo acabou como sempre, a LOUD foi a grande campeã, conseguindo o seu quarto título no CBLOL. O Robo foi o grande destaque da série, com uma marca de 10 vitórias de Jax e nenhuma derrota. Além disso, Tinows teve o maior ‘dano por minuto’ do CBLOL, com 759,27 de dano médio.
O domínio da LOUD no Brasil

A LOUD é uma das equipes que mais ganhou o CBLOL, chegando ao seu quarto título. Contudo, em comparação aos demais times, eles estão a menos tempo dentro do League of Legends. Eles estão há quatro anos e já é a segunda equipe com mais títulos da competição. Em primeiro, temos a INTZ, com cinco títulos e logo atrás a KaBuM! Esports e a LOUD, com quatro.
Isso mostra o quanto a organização tem uma preparação focada em alta performance. Mesmo tendo um início complicado, buscando os jogadores ideais, eles conseguiram encontrar a sincronia perfeita. Junto de Tinows, Croc e Robo, eles não sabem mais o que é perder um CBLOL.
Além disso, mesmo trocando a bot lane, eles ainda permaneceram vencedores. Na primeira line, tinham a dupla de Brance e Ceos. Logo em seguida, eles tiveram a perda do Brance e trouxeram o Route. Enfim, depois de mais um tempo, Ceos deixou a equipe e tivemos a chegada do Redbert.
No fim, além de ser uma das equipes mais vitoriosas, eles possuem grande parte dos jogadores campeões de suas rotas. Apenas o Route não tem conquistou o posto, que é guardado pelo BrTT. Confira:
- Robo – 7 títulos
- Croc – 4 títulos
- Tinows – 6 títulos
- Route – 4 títulos
- Redbert – 4 títulos
O que isso implica para o Brasil?

A grande questão que fica é: isso significa alguma coisa? E a resposta é sim. Uma equipe que domina o cenário, acaba demonstrando alguns fatos importantes. Eles possuem um estilo de jogar que, mesmo trocando de jogador, técnico e outras posições, consegue performar bem e aprender ao longo do campeonato. Além disso, por conta de ter tantos títulos, eles possuem mais chances de ir para fora e aprender com os melhores times do mundo.
Atualmente, a LOUD possui laços muito bem construídos com grandes equipes do mundo inteiro. Tudo isso por conta das últimas participações deles, mesmo com resultados ruins. Isso demonstra que a constância é muito bem recebida e no fim acaba tendo bons frutos. Agora vai ser a quarta vez da equipe em um campeonato internacional e eles já estão indo para a China com treinos agendados.
Entretanto, temos o lado negativo dessa hegemonia. Quando apenas uma equipe vence na sua região, começamos a ver equipes que jogam apenas para vencê-los. Isso acaba deixando de lado pontos importantes no momento de montar um time. Além de tudo isso, ainda temos o ponto que menos times vão para fora e possuem menos chance de aprender nas competições.
Um dos grandes comentários é que, enquanto essa line da LOUD mantiver a mesma, eles vão permanecer campeões. Todos os jogadores possuem uma sinergia única, conseguindo compreender o que devem, como e quando fazer. Lembrando que o Croc, por estar completando 28 anos, deve voltar para a Coréia do Sul e se alistar no exército.