Durante o Worlds 2022, houve uma coletiva de imprensa, junto com executivos da Riot Games. Nele, foram discutidos assuntos, como o ecossistema do jogo, com foco no competitivo e, inclusive, sobre o formato das suas principais competições, MSI e Worlds. E sim, foi confirmado que, em 2023, teremos mudanças sobre os formatos das competições internacionais.
Isso quer dizer que a final entre a T1 e DRX será a última com o formato atual. Tornando ela um pouco mais especial. Lembrando que o assunto sobre a o atual formato dos campeonatos internacionais, vem sendo extremamente discutido. Sempre mostrando um nível elevado de insatisfação.
Quais os problemas do formato atual?
Uma dúvida que fica no ar é: Qual é o real problema do formato atual? Então, para começar a responder, podemos seguir alguns caminhos. O primeiro deles é o formato do campeonato, com Fase de Entrada, Fase de Grupos e Eliminação. Algumas equipes conseguem uma vaga direta para a fase de grupos. Sobrando apenas quatro vagas para as demais equipes que se encontram na fase de entradas.
Com isso, é muito difícil equipes de regiões minors consigam crescer no campeonato e se classificar numa eventual fase de grupos. Vamos pegar o Worlds 2022 como um exemplo. A Fase de Entradas teve 12 equipes, divididas em dois grupos. Dessas 12 equipes, havia uma equipe chinesa, a Royal Never GiveUp e a sul-coreana DRX. Ou seja, uma equipe que foi campeã do MSI e outra que chegou à final do Worlds 2022.
Além disso, havia duas formas de se classificar para a Fase de Grupos, ficando em primeiro lugar no grupo ou conseguindo passar numa série de jogos. Ou seja, as chances são bem pequenas de uma equipe de regiões como o Brasil, LATAM, Japão, Turquia e entre outras conseguirem passar.
Voltando às reclamações do formato, outro fator questionado é sobre o formato da eliminação. Todas as partidas são de eliminação simples e começam nas quartas de final. Então, são poucas partidas, com sem nenhuma segunda chance. Por exemplo, alguns outros campeonatos possuem o dobro de jogos e no formato de dupla eliminação.
Para finalizar, muitos reclamam do sistema de vagas, priorizando as regiões mais fortes, como a China e Coréia do Sul. São 3 equipes na fase de grupos e uma na fase de entradas, reduzindo as chances de outras regiões conseguirem se destacar com mais representantes.
Eventuais mudanças no sistema competitivo
A Head Global da Riot Games, Naz Aletaha, participou da coletiva e disse muita coisa sobre o futuro competitivo. De acordo com ele, podemos esperar muitas mudanças, mas nada que vai impactar na estrutura base.
“Mudanças de formato estão a caminho. Quando ouvimos o feedback no ano passado, aproveitamos esta temporada para realmente mergulhar nele e começar a acessar quais partes do formato estavam funcionando, quais partes achamos que poderiam ser melhoradas, trabalhando com nossas equipes regionais em todo o mundo para entender o que esses formatos podem e devem ser.”.
Ainda emendou dizendo que essas mudanças devem ser anunciadas antes do começo das ligas nacionais. Ou seja, devemos saber de algo mais concreto logo no início de 2023. Além disso, já ficamos sabendo que o formato de dupla eliminação, não irá vir para esse novo formato.
“No final das contas, o Worlds é um dos maiores eventos esportivos do planeta. Todos os maiores eventos esportivos do planeta têm a eliminação simples como parte central e, pelo menos nos playoffs, continuaremos com a eliminação simples porque isso coloca a disputa no mais alto nível. Nós acreditamos que isso é importante para um campeonato tão grande quanto é o Mundial.”.
Mesmo sem saber ao certo muito bem quais mudanças irão vir, é esperado que o formato ou a classificação de equipes mudem. Uma das ideias é aumentar o número de equipes nos campeonatos mundiais. Dessa forma, regiões menores poderiam receber mais vagas, aumentando as chances.
Lembrando que isso é apenas uma hipótese, uma vez que nada disso foi conversado e discutido. Vamos apenas aguardar e cruzar os dedos, esperando que no MSI e Worlds teremos duas equipes brasileiras.
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