Leo Faria, Head de VALORANT na Riot Games, apresentou uma observação intrigante ao ponderar sobre o formato atual das franquias do VALORANT Champions Tour (VCT). De acordo com ele, se tivesse a oportunidade de começar do zero, tornaria o ambiente “mais inclusivo” do que é atualmente, instigando uma discussão acerca da acessibilidade e inclusão no ambiente competitivo.
A crítica ao formato atual
Leo Faria demonstrou um certo remorso em relação ao sistema fechado, reconhecendo que, apesar do sistema de franquias apresentar algumas vantagens, pode ter restringido a entrada de novos talentos e organizações de menor porte.
O objetivo inicial era garantir estabilidade e atrair investimentos significativos. Contudo, a perda de frescor competitivo e oportunidades para jogadores emergentes e equipes não-franqueadas pode ter sido um custo.
Este tipo de análise é crucial, principalmente porque outros esports, como o CS, preservam um ambiente mais democrático, possibilitando qualificações e competições variadas. Ao expressar seu anseio por uma estrutura menos restritiva, Faria indica uma possível transformação na mentalidade da Riot no futuro, algo que pode ser benéfico tanto para a comunidade quanto para as pequenas organizações que procuram um lugar no panorama.
Lembrando que o VALORANT está perto de passar uma das suas maiores mudanças. Recentemente foi anunciado que a Riot Games vai migrar o seu FPS para Unreal Engine 5, que promete revolucionar o jogo. Então, nada melhor que evoluir o jogo e o seu sistema competitivo junto, não?
O impacto no cenário competitivo
O formato atual é criticado por criar uma barreira alta de entrada para novos jogadores, o que pode reduzir a renovação e inovação no cenário. Ao mesmo tempo, ele trouxe grandes organizações que contribuem para a profissionalização da cena. A fala de Leo Faria mostra que a Riot Games está atenta às críticas e talvez aberta a revisitar alguns aspectos da estrutura.
“A coisa mais fácil a se fazer é ter uma liga fechada e é isso. A gente acredita nesse caminho (Ascension), por isso desenhamos algo que é semi-fechado. Se eu pudesse fazer tudo de novo, sabendo o que a gente sabe com dois anos de franquia, seria algo mais aberto. Talvez se você não está na franquia você poderia ter vaga nos campeonatos internacionais, essa seria uma boa ideia”
Um cenário mais aberto poderia introduzir eventos regionais e qualificatórias, favorecendo uma maior diversidade de estilos e histórias. Isso se alinha com o desejo de muitos fãs, que sentem falta de ver times desconhecidos enfrentando gigantes, algo que em esports costuma gerar momentos emocionantes.
Abertura gradual ou mudança drástica?
Embora Leo Faria não tenha prometido mudanças imediatas, suas declarações podem indicar uma possível evolução para as próximas temporadas do VCT. A Riot Games pode optar por um modelo híbrido, onde algumas ligas continuem franqueadas, mas qualificatórias abertas sejam inseridas para promover maior inclusão.
“A gente poderia fazer ele ser aberto, mas tem um grande risco. Ele não garante segurança para as equipes. No Challengers você não tem essa segurança, mas imagina todos tendo essa segurança. Esse é o desafio!”
Se essa abertura ocorrer, poderá revitalizar o interesse e até gerar um aumento no público, à medida que mais jogadores e times tiverem oportunidades. A história de VALORANT ainda está sendo escrita, e a vontade de ajustar o formato sugere que a Riot está disposta a evoluir com base no feedback da comunidade.
Essas reflexões do Leo Faria demonstram a importância de equilibrar estabilidade financeira e inclusão competitiva. O VALORANT pode estar à beira de uma transição interessante, com o potencial de se tornar um cenário mais democrático e empolgante no futuro.
Lembrando que a ideia de um sistema de franquia é a promessa de segurança. Mesmo que o descontentamento seja grande, qualquer tipo de decisão necessita de um tempo e uma análise dos times franqueados. Além do mais, é previsto mudanças apenas em 2026 ou posteriormente, até porque, o próximo ano competitivo está muito perto.
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