A LOUD vem sendo um dos times que mais têm se destacado no VCT Américas. Além de estarem invictos, a equipe vem apresentando performances dignas de campeões mundiais. E isso se dá pelo tamanho desempenho dos jogadores, que estão mostrando uma evolução constante. Para entender mais sobre isso, conversamos, com exclusividade, com o tuyz. Confira.
“A conversa entre os mapas foi muito importante”
Durante a partida contra a Evil Geniuses vimos uma LOUD fazendo uma evolução muito grande, quando comparamos mapa a mapa. No primeiro, a equipe sofreu uma derrota complicada, por 13-3. Contudo, a LOUD conseguiu virar o segundo mapa, por 13-10 e depois conseguiu vencer por 13-0 – o primeiro placar perfeito do VCT Américas.
Tuyz contou o que foi conversado entre as pausas de mapa e como isso foi importante para a equipe conseguir se reerguer e sair com a vitória na série:
A conversa entre os mapas foi muito importante. Tipo, a gente deu uma acordada para o próximo mapa, principalmente porque no primeiro a gente entrou muito desligado. Nós conseguimos ter uma visão clara do que erramos e o que era preciso fazer para conseguir sair com a vitória.
No segundo para o terceiro mapa, meio que entendemos o modo no qual eles estavam jogando e entramos com a cabeça mais centrada. O nosso pensamento era de entrar no servidor e mostrar como sabemos jogar. Não deixamos a bola abaixar e impomos o nosso jogo.
Desde a entrada de tuyz e Less na LOUD, muitas pessoas ficaram questionando sobre a pressão de estar vestindo a camisa da equipe. Além de ser um time, que havia conseguido uma campanha internacional positiva, com um título do Champions, era uma substituição de dois jogadores chaves, Sacy e pANcada. Agora, que um tempo passou, tuyz fala um pouco como está sendo sobre o quesito de pressão:
Até existe um certo tipo de pressão, não posso negar isso, mas nós não levamos isso para os nossos jogos. O nosso time é muito unido, não somente os cinco jogadores, mas todos que estão aqui, nos Estados Unidos. Com isso, qualquer tipo de pressão, ansiedade, nervosismo, consegue ser aliviada.
Nós não ligamos muito para pressão, eu entro em jogo pensando apenas em uma coisa – vencer. Não pensamos em como devemos performar ou jogar, visando o que esperam da gente. Entramos em jogo para ganhar e fazer uma excelente partida, com isso, o resultado acaba aparecendo e falando por nós.
Além de estar numa organização grandiosa, tuyz agora participa do VCT Américas, um dos maiores objetivos dos jogadores profissionais. RgLM contou, também, como é estar na liga, que é o sonho de todo jogador. Tuyz, por sua vez, contou como está sendo para ele isso:
Para mim está sendo uma experiência incrível. É um sonho estar morando aqui fora, viver uma outra cultura. Agora, em relação aos treinos e as partidas ranqueadas, tenho duas opiniões diferentes. Nos treinos, estamos conseguindo partidas excelentes, aprendendo muita coisa. Os times tem muita leitura de mapa e com isso, estamos aprendendo a adaptar mais rápido. Agora, as rankeds são um caso à parte. Não existe uma forma de levar a sério a fila ranqueada aqui do NA, a não ser que o seu intuito seja treinar a mira.
Então, aproveitando a introdução das partidas, tuyz continuou explicando como está sendo jogar nas partidas ranqueadas dos Estados Unidos. Lembrando que outros jogadores, como o mazin, da FURIA, já disse em uma entrevista exclusiva.
Os jogos ranqueados aqui são bem diferentes do Brasil. O pessoal não está ligando para nada, jogam somente por diversão. Não tem como ter um treino tático ou estratégico, o negócio é treinar a sua mira.
Acho que o único aprendizado que você tira é sobre o seu agente e fazer novas estratégias para você mesmo. Agora, falando em team play e organização, é bem ruim. Acredito que o melhor jeito de aproveitar as partidas é focando no individual.
Um dos maiores destaques do VCT Américas é a performance que as equipes brasileiras andam tendo. A LOUD está invicta, por 5-0, a FURIA vem conseguindo muitas vitórias e a MIBR, mesmo tendo alguns jogos complicados, conseguiram mostrar um estilo bem completo. Tuyz comentou um pouco da sua perspectiva, sobre essa performance brasileira tão positiva:
Eu acho que no Brasil tem muitos nomes bem talentosos. Os jogadores possuem muita skill e isso acaba virando uma grande vantagem e não só no desempenho individual. As equipes sabem aproveitar muito bem esses talentos e por isso que a performance vem tendo tanto destaque.
Não é dizer que as equipes dos Estados Unidos ou LATAM sejam ruins, mas eu acho que o Brasil é muito unido também. Estamos sempre nos ajudando, conversando uns com os outros, trocando ideias, fazendo treinos. Tem a rivalidade, por estarmos na mesma liga, buscando o mesmo título, mas isso é no server.
Quando eu observo a FURIA e a MIBR, comparando com o LOCK//IN, consigo ver uma mudança grande nas equipes. Ambos os times tiveram um crescimento grande, mostrando que eles corrigiram erros que eles haviam cometido. Eu acho que essa evolução é muito boa e só engrandece a região brasileira.
Outro ponto abordado foi sobre a visão dele dos times brasileiros, do VCT BR, em comparação aos times da região do NA. Sabemos que, em breve, teremos o Ascension, onde um time irá para o VCT Américas. Tuyz disse o que ele está achando da região brasileira e as chances de uma possível vaga:
Eu não consigo acompanhar direito o VCT BR, mas às vezes eu pego um jogo ou outro para ver. Na minha opinião, tem dois times conseguindo um pouco mais de destaque. Um deles é a The Union, que parece ter muita maturidade dentro do servidor. E a outra é a 00 Nation, que está com jogadores bem consolidados.
Contudo, volto a falar, eu não estou acompanhando muito o campeonato e não vou conseguir dizer com detalhes sobre cada time. Acho que podemos ter mais um time aqui no VCT Américas e caso chegue, eles terão todo o nosso apoio e suporte.
