Compartilhar
Últimos guias

A The Union conseguiu a primeira colocação do grupo B, no VCT Ascension. Com duas vitórias por 2-0, eles avançaram direto para a semifinal, dos playoffs. Peu, técnico da equipe, concedeu uma entrevista coletiva, falando sobre como foram as partidas e expectativas para a próxima etapa.

“Gostamos de trabalhar assim”

Equipe completa da The Union, após vencer o VCT BR, pela segunda vez e se classificar para o VCt Ascension
Equipe completa da The Union, após vencer o VCT BR, pela segunda vez e se classificar para o VCt Ascension – Fonte: Reprodução/VALORANT Esports Brasil

A primeira partida do VCT Ascension e da The Union, foi contra uma das equipes favoritas da competição, a campeã do VCT NA, M80. Muitos jogadores da franquia disseram que eles eram um time forte e com nível de jogar no Américas. Com isso, foi-se criando uma história grandiosa desse confronto.

No final das contas, a série foi extremamente empolgante e a The Union conseguiu sair com a vitória, por 2-0. Peu comentou o quanto foi importante essa estreia, pois não era apenas uma vitória. Era conseguir vencer uma equipe favorita e que tinha uma expectativa bem elevada:

Eu sinto que essa estreia, para a gente, foi um pouco complicada. Nós ficamos umas 3 semanas sem treinar e isso dificultou o nosso ritmo. Mesmo tendo começado bem, no primeiro mapa, a Fracture, erramos muitas coisas bobas, que acabou atrapalhando a nossa performance. Ainda teve uma surpresa, por parte da M80, com umas mudanças de composição.

Com isso, a estreia foi um pouco mais difícil do que a gente esperava. Sei que eles possuem um favoritismo e que todos estavam hypando eles. Porém, desde o início, eu sabia que a gente ia vencer eles.”

Peu havia dito que ficaram algumas semanas sem treino, o que acabou dificultando a partida. Além disso, com a falta de um calendário oficial, muitas equipes acabaram entrando em recesso ou até mesmo se desfazendo. Isso acabou dificultando conseguir treinos e manter o ritmo de jogo. O técnico comentou como foi ter mantido o ritmo de atividade, mesmo com todas as dificuldades:

“Sem sombra de dúvidas, esse foi o nosso principal desafio. E isso não foi apenas com a gente, vi que o pessoal da 00 Nation também passou pelos mesmos problemas. O calendário não foi positivo com a gente. Várias equipes pararam de treinar e dificultou achar parceiros para as scrims.

Acredito que, por termos um bom relacionamento com as equipes, conseguimos marcar bons treinos. Tivemos ótimos mapas com os times que estão no Relegation, o que acabou ajudando bastante nesses dias. Está bem escasso, mas estamos conseguindo nos virar bem e conseguir treinos com esses times que temos um convívio bom.”

RAAFA e Peu, se cumprimentando após uma partida durante o VCT Ascension
RAAFA e Peu, se cumprimentando após uma partida durante o VCT Ascension – Fonte: Reprodução/VALORANT Esports Brasil

O VCT Ascension está sendo um campeonato ótimo, dando uma oportunidade muito grande para os times. É uma das poucas oportunidades dos times, de diferentes regiões, conseguirem jogar um com os outros. Além disso, pode ser a chance de fazer as franquias crescerem, com novas equipes entrando. Peu comentou sobre essa possibilidade:

“O foco de todas as equipes no Brasil, ao menos, foi buscar essa vaga no Ascension. Todo mundo jogou as duas etapas do VCT BR pensando nisso. Está sendo um bom torneio, com uma oportunidade única de jogar contra times das outras regiões. Acredito que, caso tivesse mais uma etapa do Ascension, só viria para acrescentar no cenário.”

Os times que estão no VCT NA, como foi dito por diversas vezes, acabam possuindo uma qualidade maior nos treinos. Por ventura, pode-se supor que o nível deles acabe crescendo, oferecendo uma maior competitividade. Peu comentou como foi enfrentar um time da região e se houve alguma diferença:

Houve uma pequena diferença, que acredito que seja sobre o ritmo de jogo deles. Eles respondem bem rápido dentro de mapa. Um erro, por mais bobo que seja, eles vão ter uma boa leitura e aproveitar disso, buscando conseguir algo no mapa, por conta disso. Contudo, eles possuem uma confiança bem grande.

Acredito que, por conta desse fator, eles acabam errando muito e subestimando demais os adversários. Em situações vantajosas, é normal ver eles sendo afobados e cometendo alguns erros. Acredito que isso acaba sendo uma diferença grande deles, em relação aos times do VCT BR.”

Agora, após conseguir a vitória contra a FUSION, a equipe conseguiu ocupar a primeira colocação do grupo e foi direito para os playoffs. Isso deu a eles um tempo maior para descanso, tendo um dia extra. Além disso, eles podem ter um estudo extra do seu adversário, conseguindo montar alguma tática pontual. Peu comentou mais sobre isso:

O bom de ter conseguido a primeira colocação é ter um dia a mais de treino. Isso acaba sendo a nossa maior vantagem. Por ser um campeonato de dupla eliminação, acaba diminuindo a necessidade de ficar estudando os adversários. Todo mundo vai acabar enfrentando todos os times, então é mais sobre o crescimento individual.”

A The Union conseguiu um feito e tanto, conseguindo vencer as duas séries por 2-0. Isso acabou ganhando um destaque muito grande. Inclusive, deixou a equipe com resultados melhores do que durante o VCT BR. Peu comentou sobre o momento do time e se esse, na sua opinião, está sendo o melhor momento da The Union:

Acredito que estamos mantendo um trabalho constante, até o presente momento. Ainda não chegamos na nossa melhor performance. Essa ainda não é a melhor The Union e temos muito a apresentar e a crescer. Pode ser que ainda não foi exigido tanto de nós nos campeonatos, mas estamos preparados para o futuro e para o que precisar acontecer.”

Uma coisa que se pode perceber da The Union, durante todos os seus jogos, é a maturidade dos jogadores. Todos eles se portam bem maduros, dentro e fora dos mapas. Poucas vezes é possível ver um jogador muito exaltado ou cometendo erros individuais cruciais. Peu comentou se isso é um efeito da The Union ou é algo interno dos jogadores:

É um pouco das duas coisas. Desde a formação da The Union, sempre conversamos sobre como iriamos querer a nossa comunicação e postura dentro de jogo. E, a medida que novos jogadores iam entrando, eles absorviam essa identidade do time. Gostamos de trabalhar assim e acredito que é uma forma de ser constante dentro do VALORANT.

Isso acabou aumentando ainda mais com a chegada do RAAFA. Ele trouxe uma maturidade bem grande para o time e os jogadores seguiram bem a ideia dele. Agora, vendo tudo isso, vemos que essa maturidade se tornou a principal característica do time.”