{"id":2362,"date":"2022-06-16T14:04:43","date_gmt":"2022-06-16T14:04:43","guid":{"rendered":"https:\/\/www.esports.net\/br\/?p=2362"},"modified":"2022-06-16T14:04:43","modified_gmt":"2022-06-16T14:04:43","slug":"tres-brasileiros-jogadores-tetraplegicos-provam-que-no-esports-ha-lugar-para-todos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.esports.net\/br\/noticias\/tres-brasileiros-jogadores-tetraplegicos-provam-que-no-esports-ha-lugar-para-todos\/","title":{"rendered":"Tr\u00eas brasileiros, jogadores tetrapl\u00e9gicos, provam que no esports h\u00e1 lugar para todos"},"content":{"rendered":"
Conhe\u00e7a a hist\u00f3ria de tr\u00eas personagens que superaram as dificuldades <\/b>impostas pela limita\u00e7\u00e3o motora e hoje, com a ajuda de equipamentos adaptados, mandam muito bem nos eventos Free Fire<\/a>, Counter-Strike: Global Offensive e outros games que n\u00f3s adoramos.<\/p>\n Mandam t\u00e3o bem que um deles chegou a jogar contra Gabriel Toledo de Alc\u00e2ntara, o famoso FalleN, jogador reconhecido mundialmente por suas habilidades no jogo CS:GO.<\/p>\n De acordo com Li Li Min, professor titular do departamento de neurologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o ato de jogar promove ganhos em pessoas que est\u00e3o no processo de reabilita\u00e7\u00e3o de tetraplegia.<\/b> Segundo o professor, o sistema nervoso n\u00e3o diferencia o real do imagin\u00e1rio, e uma pessoa com tetraplegia, quando joga, ativa regi\u00f5es do c\u00e9rebro respons\u00e1veis pelo movimento, mesmo que ele n\u00e3o ocorra.<\/p>\n Veja agora como Erik, Kevin e Gabriel conseguem, aos poucos, galgar as barreiras do mundo dos esports.<\/p>\n Erik tem 38 anos e, em 2011, sofreu um acidente que o deixou tetrapl\u00e9gico. Ao dar um mergulho frontal na lagoa de Araraquara, deslocou o pesco\u00e7o para tr\u00e1s e fraturou as v\u00e9rtebras C2 e C3. Erik n\u00e3o move nenhum membro do pesco\u00e7o para baixo e \u00e9 dependente de um respirador. Al\u00e9m disso, a utiliza\u00e7\u00e3o de um tubo de traqueostomia o impedia de se comunicar.<\/p>\n Foi atrav\u00e9s do apoio de sua noiva, que tamb\u00e9m \u00e9 f\u00e3 de Free Fire, que Erik come\u00e7ou a trocar as horas entediantes frente \u00e0 TV pelas aventuras do jogo de estrat\u00e9gia. Com a ajuda de um controle adaptado fixado na altura de seu rosto, ele consegue, com a boca, ativar os comandos para movimentar seu personagem no Free Fire.<\/b><\/p>\n Depois que come\u00e7ou a se aventurar nos esports, Erik comprou o Quadstick,<\/b> aparelho para esports que permite a utiliza\u00e7\u00e3o de usu\u00e1rios com defici\u00eancias motoras. Este aparelho o fez empenhar-se mais para retomar a voz, j\u00e1 que o jogo exige intera\u00e7\u00e3o. Erik ainda disse que se frustrava ao tentar se expressar e n\u00e3o conseguir fazer as pessoas entenderem. \u201cQuando consegui voltar a falar, a minha vida mudou completamente.\u201d, disse o jogador.<\/p>\n Kevin tem 26 anos e nasceu com atrofia muscular espinhal, uma doen\u00e7a degenerativa que o impede de andar e movimentar os bra\u00e7os. Mas nem sempre foi assim. At\u00e9 os 12 anos, Kevin contava com uma mobilidade parcial e utilizava as m\u00e3os para jogar Playstation 2. Mas uma escoliose, provocada por sua doen\u00e7a, apertou seu pulm\u00e3o e comprometeu o funcionamento do \u00f3rg\u00e3o, fazendo Kevin se tornar dependente do respirador.<\/p>\n Assim como Erik, ele tamb\u00e9m utiliza a boca para jogar com seu Quadstick. Conhecido como \u201cCadeira FPS\u201d<\/b> no mundo dos games, o jogador conta com as lives para a sua independ\u00eancia financeira. Embora a t\u00e3o almejada independ\u00eancia ainda n\u00e3o tenha chegado, o paulistano afirma: “Alguma coisa me diz que as lives v\u00e3o dar certo. N\u00e3o sei em que momento, mas elas v\u00e3o dar certo.”<\/p>\n Interiorano de Buritama, estado de S\u00e3o Paulo, Gabriel tem 25 anos e em 2017 sofreu um acidente durante o treino de jiu-jitsu. Ao tentar aplicar um golpe, seu pesco\u00e7o atingiu o ch\u00e3o e pressionou a medula, fraturando a 5.\u00ba v\u00e9rtebra. “Na hora, eu perdi todos os movimentos. As pessoas at\u00e9 achavam que eu estava brincando, mas infelizmente era s\u00e9rio e grave”, contou Gabriel.<\/p>\n H\u00e1 dois anos o jogador encontrou nos esports uma op\u00e7\u00e3o \u00e0s horas que passava assistindo Netflix. Gabriel monetizou seus jogos e chegou a conseguir, em apenas um dia, R$ 1,3 mil na Twitch.<\/b> Com o dinheiro, comprou um aparelho de eletroestimula\u00e7\u00e3o. E foi de FalleN, seu advers\u00e1rio em um jogo, que o rapaz ganhou uma cadeira gamer especial para as suas necessidades.<\/p>\n “Eu indico que sou tetrapl\u00e9gico, mas \u00e0s vezes jogo de igual para igual com quem n\u00e3o tem defici\u00eancia”, disse Gabriel sem se intimidar com as limita\u00e7\u00f5es impostas pelo acidente. Hist\u00f3rias como estas nos mostram que, sim, \u00e9 poss\u00edvel o esports se tornar inclusivo e oferecer oportunidades para todos!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Conhe\u00e7a a hist\u00f3ria de tr\u00eas personagens que superaram as dificuldades impostas pela limita\u00e7\u00e3o motora e hoje, com a ajuda de equipamentos adaptados, mandam muito bem nos eventos Free Fire, Counter-Strike: Global Offensive e outros games que n\u00f3s adoramos. 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Kevin Lucas In\u00e1cio<\/h2>\n
Leia tamb\u00e9m: melhores jogadores de Free Fire do Brasil<\/a>.<\/pre>\n
Gabriel F\u00e9lix<\/h2>\n