O VCT Last Chance continua machucando os sonhos brasileiros. A última dupla brasileira, Sacy e pANcada, jogadores da Sentinels, foram eliminados pela Cloud 9 e Leviatán e deram adeus a chance do Champions. Com tal derrota, a LOUD é a única equipe que pode representar o Brasil no mundial de VALORANT.
Sentinels x 100 Thieves – Duelo com cara de clássico do NA

A primeira partida da Sentinels foi contra a 100 Thieves, outra equipe bem forte no cenário norte-americano. O confronto entre as duas equipes era eliminatório, então estava valendo muita coisa em jogo. Ambas as equipes não participaram dos playoffs do VCT Américas, por isso o motivo de estarem em tal situação.
A 100 Thieves quase conseguiu a sua classificação, mas acabou perdendo a sua última partida, que foi contra a MIBR. Tal partida, além de desclassificar a 100 Thieves, classificou a Evil Geniuses aos playoffs. Com isso, eles acabaram ficando em Los Angeles, treinando para o LCQ.
Do outro lado, a Sentinels passou por momentos complicados no seu split do VCT Américas. Eles tentaram muita coisa, mudando posições, jogadores, staff até chegarem na composição atual. Eles estavam cotados como uma das equipes favoritas e preparadas para o LCQ.
Durante a série, tivemos um resultado de 2-1, com vitória para a Sentinels, avançando eles de etapa. Os mapas escolhidos foram: Pearl, para a 100 Thieves, Split, pela Sentinels e Bind como o decisivo. As escolhas de mapas foi favorável para ambas as equipes, que jogaram bem, durante a Fase Regular.
No primeiro mapa, tivemos uma partida bem controlada por ambas as equipes. Começando no lado de defesa, a Sentinels estava conseguindo ditar as regras do jogo. O ataque estava tendo dificuldades muito grandes, encontrando os bombs bem protegidos. Com isso, devido a tamanho controle, a primeira metade terminou em 9-3, para a Sentinels.
Na virada de lados, foi o momento da 100 Thieves se reerguer e assumir o controle. A sua defesa estava igualmente forte, conseguindo segurar os avanços. Novamente, o ataque estava com dificuldades muito grandes e mesmo na frente, a Sentinels não conseguiu fechar. No fim, a prorrogação chegou, mas foi finalizada rapidamente pela 100 Thieves, por 14-12.
O segundo mapa começou dando uma cara de como a Sentinels tinha se transformado. A Sentinels começou com um ataque meio disperso, falhando nas entradas da Split. Estava parecendo que a 100 Thieves iria conseguir fechar a série. O placar da primeira metade foi de 7-5, para a 100T, dando um gosto de um 2-0.
Contudo, a virada chegou e a defesa da Sentinels estava dominante. Eles não deram espaço para a 100 Thieves e fecharam qualquer entrada ou domínio adversário. Todos os jogadores estavam com a mira afiada, mas deve se destacar o pANcada, sendo um jogador extremamente decisivo. No fim, a vitória chegou, por 13-7, empatando a série e levando a decisão para a Bind.
Na Bind tivemos uma surpresa bem diferente. Um dos operadores menos jogados apareceu e nas duas equipes. Yoru foi uma escolha dos duelistas, TenZ e Asuna, surpreendendo todos os torcedores. Começando no lado atacante, vimos a Sentinels dominando. Foram diversas vezes que o TenZ atacou pelas costas, aproveitando da movimentação do seu agente. O placar parcial foi de 10-2, uma vantagem absurda.
Quando os lados trocaram, esperava-se que a 100 Thieves iria conseguir repetir o mesmo ataque feito pela Sentinels. Todavia, essa não foi bem a realidade. A vantagem se mostrou bem impactante e mesmo a 100 Thieves conseguindo fazer bons avanços, acabou não sendo o suficiente. O mapa terminou em 13-7, dando a vitória para a Sentinels, avançando eles de etapa.
O MVP da série foi para o zekken, que assumiu uma posição mais de duelista, deixando o TenZ como um jogador mais flexível. Ele teve uma Pontuação Média de Combate de, 268 pontos, além de um KDA de 62/43/14.
Sentinels x Cloud 9 – Série emocionante do início ao fim

O próximo confronto da Sentinels foi contra a Cloud 9, uma equipe poderosa, que fez uma campanha quase que impecável, durante a Fase Regular. Inclusive, muitos diziam que eles eram uma das equipes favoritas para conseguir uma vaga para o Masters e Champions. Contudo, nos playoffs, acabaram perdendo para a EG e depois para a NRG, tirando eles da disputa.
Além disso, o estilo da Cloud 9 de jogar é algo bem adaptativo. Sua leitura dentro de um round é algo absurdo, mostrando uma facilidade de leitura e resposta. Muitas equipes diziam que eles eram uma equipe difícil de enfrentar, exatamente por esses motivos. Inclusive, por conta disso, o segundo lugar, na Fase Regular do VCT Américas, foi justíssimo.
Durante a série contra a Sentinels, a Cloud 9 conseguiu sair vitoriosa, em uma partida bem interessante. O resultado final foi de 2-1, com os times vencendo os mapas dos adversários, algo incomum no cenário profissional. Os mapas escolhidos foram: Pearl, pela Sentinels, Fracture, pela Cloud 9 e Split como decisivo.
Na Pearl, vimos a Sentinels tendo sérias dificuldades na defesa. A dupla pANcada e Marved sofreram bastante, sendo alvos de caçadas e avanços. O ataque era bem feroz, aproveitando bastante da região do meio. Devido a tamanha agressividade, foi se criando uma vantagem de placar, que finalizou em um 8-4 bem sólido.
Quando os lados trocaram, era esperado uma agressividade vinda da Sentinels. Contudo, o que foi visto foram bombs bem fechados e a Cloud 9 avançando bastante. Tal vantagem, além de ser grande, se mostrou um grande empecilho para a Sentinels. No fim, a Cloud 9 venceu o mapa, com um placar de 13-8.
No segundo mapa, foi o momento da Sentinels de reerguer e mostrar uma dominância dentro do servidos. Começando no lado de defesa, os jogadores, principalmente o Sacy e o pANcada, estavam sendo mortais. Com isso, uma vantagem de placar, de 9-3 foi criada, deixando a Cloud 9 em uma situação complicada.
A virada de mapas continuou no mesmo ritmo, com o Sentinels dominando e abusando da vantagem de pontos. Além de fazer três pontos seguidos iniciais e marcar o map point, eles conseguiram quebrar a economia adversária. Com isso, mesmo perdendo dois rounds seguidos, para a Cloud 9, eles retomaram e fecharam o mapa, por 13-5.
Por fim, chegou a vez do último mapa, a Split. Inicialmente, vimos uma Cloud 9 nova, bem diferente do mapa anterior. Estava claro o trabalho mental deles, após perder um mapa em um placar tão elástico. A Sentinels estava buscando fazer uma defesa mais focada no retake dos bombs, mas a falta de um sentinela acabou dificultando. Com isso, o placar parcial foi de 8-4.
Na virada de lados, a Sentinels ainda estava com dificuldades de encaixar o seu jogo. A defesa da Cloud 9 estava bem estruturada, montando certas táticas bem interessantes. Com isso, no fim das contas, a Cloud 9 acabou sendo melhor dentro do servidor e fechou o mapa, por 13-8.
O destaque da série foi para o Xeppa, que fez uma partida muito positiva. Ele jogou de Skye e Raze, mostrando uma agressividade bem forte, com ambas as agentes. A sua Pontuação Média de Combate foi de 255.
Sentinels x Leviatán – Adeus a briga pela vaga no Champions

Para finalizar, aconteceu a partida entre a Sentinels e Leviatán, na chave inferior. Ou seja, a derrota era definitiva e acabou acontecendo para a equipe norte-americana. O placar final acabou sendo de 2-0, para a Leviatán, que consagrou a eliminação da Sentinels e o avanço da Leviatán de etapa.
Vale a pena lembrar que a equipe latina fez uma campanha boa no VCT Américas, conseguindo finalizar na quinta colocação. Além disso, já era esperado que eles conseguissem se reerguer. Toda a composição do time é bem forte e ainda contam com um renomado treinador, o Onur.
A série teve como escolha de mapa, os seguintes: Fracture, pela Leviatán, Split, pela Sentinels e Pearl como decisivo. Tais escolhas acabaram ficando um pouco estranho, principalmente para a Sentinels. A Split foi um mapa onde eles haviam perdido anteriormente e parecia que poderia ter tido alguma outra escolha.
O primeiro mapa, Fracture, já começou mostrando que poderia ser uma série boa para a Sentinels. A equipe norte-americana conseguiu fazer 6-2, com uma defesa muito bem estruturada. Contudo, com uma adaptação fenomenal, a Leviatán conseguiu encontrar um ataque bom e empatou a série.
Quando os lados viraram, foi o momento da Leviatán dominar e fazer uma defesa muito boa. Infelizmente, a Sentinels não conseguiu ter o mesmo impacto que a sua adversária no lado atacante. No fim, os norte-americanos fizeram apenas dois pontos e o mapa terminou em 13-8, colocando a Leviatán na frente.
Por fim, chegou o segundo e último mapa, a Split. Como foi visto na partida contra a Cloud 9, a Sentinels não conseguiu se encontrar no mapa, apresentando muitas falhas táticas. A defesa latina estava bem assertiva, fazendo avanços inteligentes e focando na defesa após o plant das spikes. Com isso, a primeira metade finalizou em 8-4, para a Leviatán.
Na troca de lados, vimos apenas a Leviatán jogando, dominando o lado de ataque. Por mais que a Sentinels tentasse e buscasse uma inovação na defesa, eles estavam bem perdidos. No final das contas, o mapa terminou rapidamente, por 13-4, marcando a eliminação da Sentinels e o adeus deles para a busca da vaga do Champions 2023.
O destaque da série foi para o Mazino, o controlador da equipe. Sua performance foi muito importante, ainda mais pela função exercida. Sua Pontuação Média de Combate foi de 270 pontos, junto de um KDA de 39/21/11.