Recentemente, tem circulado a discussão sobre a possibilidade de uma liga conjunta de League of Legends para América do Norte (NA) e América Latina (LATAM), semelhante ao modelo adotado no VALORANT.

A proposta levanta questionamentos sobre a viabilidade e os potenciais impactos para as regiões envolvidas. Mas será que é o caminho certo?
União LCS e CBLOL no League of Legends
O atual Head de Esports da Riot Games nas Américas, Caco Antunes, expressou sua opinião cautelosa durante uma entrevista, enfatizando que, embora essa fusão possa ser benéfica para o crescimento do esporte, não se alinha com o modelo estabelecido do LoL no momento.
Esta posição é bem conservadora ao considerar os caminhos individuais que cada região percorreu até agora.
Por outro lado, Schaeppi grande nome em meio aos narradores de LoL, também levanta uma preocupação válida sobre o deslocamento das equipes para uma sede única, mencionando toda a logística envolvida.
Esta consideração prática é crucial, especialmente à luz da experiência da Riot Games com o VCT Americas em Valorant, onde vários desafios logísticos também foram enfrentados.
Os números de audiência não mentem, o CBLOL é um sucesso
Fazer uma análise dos números de audiência do CBLOL em comparação com a LCS ao longo dos anos também é um fator relevante. O CBLOL tem superado consistentemente a LCS, mesmo com o cenário norte americano sendo considerada uma região Major.
Por exemplo, a final entre a LOUD e a paiN alcançou um pico de 327 mil espectadores simultâneos. Em contraste, a LCS teve 223 mil espectadores na final entre NRG e Cloud9, praticamente 100mil espectadores a menos.
O desempenho robusto do CBLOL indica a força e o engajamento da comunidade brasileira, sugerindo talvez, que uma fusão poderia não ser tão favorável para o Brasil.
Além disso, a greve da LCSPA (LCS Players Association) evidenciam os desafios que a liga norte-americana enfrentou. Em contrapartida, o CBLOL continuou sua trajetória de sucesso, aproveitando a estabilidade das franquias brasileiras e a crescente audiência.
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Novos talentos e maior relevância no cenário internacional

Agora, a proposta de um torneio internacional Academy também mencionada por Caco Antunes é algo mais intrigante. Pois a intenção de acelerar o crescimento e desenvolvimento de novos talentos, facilitando encontros internacionais no Tier 2, reflete uma abordagem inovadora que visa a saúde do cenário.
A relevância no cenário internacional é um objetivo ambicioso, ainda mais para a nossa região que nunca “realmente entrou no Worlds” ao nem passar das Fases de Entrada.
Além de proporcionar experiência aos jogadores emergentes, o aumento da competitividade internacional pode impulsionar o desenvolvimento do cenário como um todo.
Novos encontros frequentes entre as regiões e a participação em torneios internacionais com certeza contribuirão para elevar o nível de jogo e fortalecer a representação das Américas no palco global.
No fim, a proposta de unir a LCS e o CBLOL em uma única liga levanta questões significativas. O equilíbrio entre competitividade global e preservação das raízes locais é crucial, e a comunidade de LoL nas Américas continuará a observar de perto os desdobramentos dessa discussão.