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O VCT Champions começou e vimos as duas equipes favoritas do dia sendo derrotadas. A Team Liquid perdeu, por 2-0, contra a Natus Vincere. Em seguida, foi a estreia brasileira, contra os coreanos da DRX. A LOUD perdeu, por 2-1 e foi para a chave inferior, onde vai jogar contra a campeã do EMEA, Team Liquid.

LOUD x DRX – 1000 abates do aspas, mas com derrota amarga

LOUD e DRX, durante o VCT Champions, onde o Brasil perdeu por 2-1
LOUD e DRX, durante o VCT Champions, onde o Brasil perdeu por 2-1 – Fonte: Reprodução/VALORANT Champions Tour Flickr

Um dos confrontos mais aguardados, LOUD contra DRX. Era a estreia da atual campeã mundial, contra uma equipe que não havia conhecido a vitória contra a LOUD. Após os resultados desastrosos no VCT Masters Tokyo, muitos aguardavam a volta da equipe brasileira nos palcos. Era esperado algumas mudanças, tanto em táticas como na mentalidade.

Pelo da DRX, mesmo sem ter tido uma vitória contra a LOUD, os jogadores estavam bem atentos no que devia ser feito. Durante a coletiva, antes do Champions, stax disse diversas vezes que possui um respeito pela LOUD e sabem que não devem subestimá-los. Ele sabe que a equipe brasileira era um time mais forte e que eles deve ser tratados nesse nível. Ou seja, um respeito bem grande pelos adversários.

A série teve uma escolha de mapas interessante, com a LOUD escolhendo Lotus, a DRX optou pela Split e finalizou na Ascent. Agora, o que mais surpreendeu foram as escolhas de agentes, pela LOUD. Eles tinham uma preferência muito grande pela Jett, a agente assinatura do aspas. Contudo, desde o Masters Tokyo, as coisas mudaram. O jogador começou a mostrar mais a Neon e dessa vez a Raze.

O primeiro mapa, Lotus, estava começando muito bem para o time brasileiro. A LOUD, no lado de defesa, fez quatro pontos seguidos, mostrando um ritmo bem marcante. Contudo, depois de uma leitura inteligente, a DRX começou a pontuar e parecia que não iriam parar. Foram sete pontos feitos em sequência, fazendo com que eles finalizassem a primeira metade na frente, por 7-5.

Quando os lados viraram, a LOUD buscou dominar novamente o seu mapa de escolha. De certa forma, eles conseguiram ficar na frente, mesmo que por apenas um ponto. Contudo, a DRX correu atrás e conseguiu fazer o 12º ponto da partida. Com isso, a LOUD precisou correr, para levar para a prorrogação. O que de fato acabou acontecendo. Após um reset do overtime, a LOUD conseguiu defender bem e finalizou a série por 15-13.

No segundo mapa, vimos o motivo da DRX ter escolhido a Bind. Os jogadores sul coreanos estavam com uma leitura impecável, entende bem o que devia ser feito e anulando a LOUD a todo momento. Por mais que os brasileiros tentassem, faltava um pouco de agressividade, que acabou deixando a primeira metade favorável para a DRX, que finalizou em 8-4.

Na virada de lados, o ritmo da DRX não esfriou e eles continuaram dominando o jogo. O ataque deles estavam em um ritmo bom e a LOUD pouco conseguia pontuar. Com isso, rapidamente, a equipe sul-coreana fechou o mapa, por 13-6 e empatou a série, levando a decisão para a Ascent.

stax e saadhak, oponentes e companheiros de VALORANT, pela partida do Champions
stax e saadhak, oponentes e companheiros de VALORANT, pela partida do Champions – Fonte: Reprodução/VALORANT Champions Tour Flickr

Então chegou a Ascent. Diversas pessoas dizem que a LOUD ensinou para o mundo como é que se joga o mapa. A performance da equipe brasileira no mapa era algo absurdo, gerando muitos questionamento internacionais. Contudo, com isso, muitos times passaram a estudar a LOUD e compreenderam o que era feito e o que devia ser executado.

Tendo isso em vista, a LOUD começou a estudar o mapa de forma diferente, buscando inovações. Na partida contra a DRX fomos surpreendidos pela escolha de agentes. Tradicionalmente, é usado no mapa a seguinte composição: Jett, Kay/O, Sova, Omen e Killjoy, que foi a escolha da DRX. Já a LOUD optou por inovar, jogando de: Jett, Breach, Fade, Omen e Viper.

Uma composição bem diferente, onde necessitava de uma agressividade maior, usando o Breach como o estopim. A execução precisava ser bem pontual, necessitando de uma leitura de uso de habilidades bem grande. Contudo, isso acabou não acontecendo. Ainda não se pode dizer que foi culpa da composição, pois foi a primeira vez vendo ela em jogo.

A LOUD começou o mapa atacando e acabou sofrendo nas execuções. O time da DRX estava com uma defesa bem sólida, conseguindo aproveitar a força da Killjoy, em proteger regiões diferentes. No fim, a primeira metade terminou em 8-4, para a DRX. Quando os lados viraram, a defesa da LOUD chegou a empatar o mapa, mas não foi o suficiente. A DRX fechou o mapa por 13-8 e venceu a série, por 2-1.

Mesmo com a derrota, o aspas conseguiu conquistar um marco gigante, 1000 abates dentro do VALORANT internacional. O duelista da equipe é sempre alvo de comentários, principalmente pela sua postura única. Seu hiperfoco nas partidas é incrível, conseguindo abates cruciais e atrapalhando todos os adversários com os seus avanços.

O destaque da série foi para o Zest, um dos jogadores flexíveis da DRX. Além de ter conseguido um PMC de 229 pontos, o seu KDA foi bem alto, de 51/50/25.

NaVi x Liquid – Duelo do EMEA, com vitória do azarão

Natus Vincere e Team Liquid, duas equipes do EMEA, abrindo o VCT Champions
Natus Vincere e Team Liquid, duas equipes do EMEA, abrindo o VCT Champions – Fonte: Reprodução/VALORANT Champions Tour Flickr

O dia não foi apenas LOUD contra DRX. Antes da partida da equipe brasileira, aconteceu o confronto entre dois times do EMEA, NaVi e Team Liquid. Os dois times se enfrentaram algumas vezes, no VCT EMEA, com um resultado empatado. A NaVi venceu da Liquid, por 2-0, na Fase de Grupos. Enquanto que, nos playoffs, foi o momento da Team Liquid vencer a NaVi, por 2-0 também.

Era esperado que a Team Liquid fosse a vencedora da série, principalmente por conta do último resultado e o fato deles serem os campeões do EMEA. Além disso, a Natus Vincere só foi classificada para o Champions, por conta da vitória da Fnatic, no VCT Masters Tokyo. Com a vitória da equipe do EMEA, a sua região recebeu uma vaga adicional para o mundial.

A série teve como mapas escolhidos a Fracture, pela NaVi, Bind, por conta da Team Liquid e sobrou a Split, como o decisivo. O placar final foi de 2-0 para a Natus Vincere, mostrando o quanto eles estavam preparados e souberam entender o ritmo da Liquid. Lembrando que, mesmo com a derrota, a Cavalaria ainda joga na chave inferior, contra a LOUD, valendo a vida no Champions.

O primeiro mapa da série foi a Fracture, escolha da NaVi. Logo na primeira metade, os dois times mostraram uma sabedoria bem grande nas execuções. Ambos faziam domínios inteligentes e focavam na conquista de regiões chaves. Mesmo havendo momentos onde um time se destacava mais, o resultado parcial foi um empate, 6-6, deixando a segunda metade extremamente emocionante.

Quando os lados viraram, o ataque da NaVi estava mais certeiro, conseguindo executar com maestria os seus avanços. Dos sete pontos conquistados, cinco deles foi com a Spike explodindo, mostrando que a defesa pós plant estava bem encaixada. Com isso, a Liquid acabou vendo os pontos se distanciando e sofreram a derrota, por 13-11.

No segundo mapa, Bind, tivemos a primeira prorrogação e uma daquelas bem longas. Começando no lado de defesa, parecia que seria um mapa tranquilo da NaVi. Mesmo perdendo os dois rounds iniciais, eles logo entenderam e fizeram um 5-2. Contudo, após uma pausa, muito bem feita, a Liquid entendeu as táticas adversárias e retomaram o placar, virando o lado por 7-5.

Quando os lados trocaram, foi a vez da NaVi dominar, fazendo vários ataques fortes. Ainda assim, a Liquid estava bem forte, mostrando os motivos da escolha do mapa. Mesmo chegando primeiro ao 12º ponto, a NaVi não estava tão na frente e a Liquid, em um round, empatou a série, levando para a prorrogação.

No overtime, vimos a defesa se sobressaindo bastante, algo que não estava acontecendo nos rounds anteriores. O placar foi resetado por três vezes e era certo que o ataque iria definir tudo. Então, com uma leitura inteligente, a NaVi fez uma boa defesa e finalizou no ataque, terminando a série com um placar de 17-15.

O MVP da série foi para o ANGE1, o controlador da Natus Vincere. Sua Pontuação Média de Combate foi de 200 pontos, ficando bastante atrás do nAts, da Team Liquid. Contudo, analisando as duas equipes, apenas o controlador da Cavalaria se destacou, enquanto que todos os jogadores da NaVi tiveram PMC acima dos 180.

Tabela do Champions atualizada, com as primeiras partidas do Grupo D
Tabela do Champions atualizada, com as primeiras partidas do Grupo D – Fonte: Reprodução/VALORANT Esports BR Twitter