A Team Liquid Brasil teve uma estreia recheada de nervosismo, no Game Changers Championship. Infelizmente, elas saíram com uma derrota, contra as atuais campeãs mundiais, a G2 Gozen, por 2-0. Após o jogo, todas as jogadoras e o técnico, foram para coletiva, conversar um pouco sobre como foi a partida de estreia.
“Acredito que, de resto, vai ser tranquilo e vamos continuar jogando dentro do previsto”

Por mais que o mapa Sunset foi um pouco mais acirrado, chegando a prorrogação, a Lotus mostrou uma série de problemas. Principalmente, pensando que o mapa era uma escolha da Liquid. Então, pensando nisso, a daiki comentou o que foi que aconteceu nesse mapa:
“Da nossa parte, eu acredito que a gente acabou ficando um pouco ansiosa. Isso acabou fazendo com que a gente optasse por não lutar em certos momentos, mesmo sabendo que seriam melhores para nós. Não tenho muito o que falar, acredito que, no geral, foi isso. Por conta disso que elas conseguiram crescer no mapa, fechando a partida daquela forma.”
Em ambos os mapas, a Liquid conseguiu ter uma primeira metade com muita força. Contudo, na virada deles, parecia que elas não conseguiam encaixar as táticas. A daiki voltou a comentar e aproveitou para dizer, conforme a sua visão de jogo:
“Bom, indo para o hotel agora, nós vamos revisar melhor quais foram os nossos erros. O que a gente cometeu de errado, para que a gente não conseguisse estar tão dentro do jogo. Eu não tenho uma visão muito boa de tudo que aconteceu na partida. Então, a gente ainda vai revisar e, para o próximo jogo, a gente vai tentar aplicar as coisas que a gente viu e tudo mais para tentar melhorar. Contudo, nesse momento, não vou saber dizer o que erramos ou o que não deu certo.”
A daiki citou anteriormente sobre ansiedade e nervosismo durante o mapa da Lotus. Porém, isso acaba abrindo muita margem de interpretação. Por qual motivo existiu esse nervosismo? Era por estar enfrentando as campeãs mundiais? Foi por estrear uma partida internacional? Então, pensando nisso, daiki comentou o que foi essa ansiedade:
“Eu vou falar de um ponto de vista mais internamente. Acredito que, de uma forma geral, o lado que senti mais nervosismo, foi nesse último ataque, a Lotus. Acho que houve alguns conflitos de ideias. Fora que a gente precisava se acalmar um pouco mais, algo de dentro do time ali naquele momento.
Acho que eu o nervosismo foi até dentro do previsto. Dentro do primeiro mapa, aconteceram alguns detalhes que a gente poderia se adaptar um pouco mais rápido. Contudo, nesse último ataque, posso dizer que, talvez, teve um pouco de pressão, por estar 1 a 0 no placar. Acho que, às vezes, rola um choque de decisão, mas acredito que isso acontecer mesmo nesse último ataque. Acredito que, de resto, vai ser tranquilo e vamos continuar jogando dentro do previsto.”
Uma das surpresas nessa série, foi a Petra indo jogar como duelista. A jogadora costuma atuar como iniciadora, usando um Sova ou Skye. Contudo, nos últimos jogos, ela vem mostrando uma Raze bem sólida, como vimos aqui. Palestra, treinador da Liquid, comentou se isso surpreendeu eles:
“Nós já estávamos prevendo que existia essa possibilidade. Até porque, você consegue ver as jogadoras jogando ranqueadas antes do torneio e você consegue esperar o que tá acontecendo. Você vê que, por exemplo, a Petra estava puxando mais duelistas e as outras jogadoras estavam completando as demais funções em solo.
Eu não acho que essa mudança foi tão impactante nos mapas. Então, eu não acredito que podemos dizer como se isso fosse alguma coisa determinante. O máximo que pode acontecer nesse sentido, é que, às vezes, elas terem um estilo mais rápido, jogar um pouco diferente do que era antes.
Contudo, a gente focou bastante no nosso jogo. Os mapas jogados, até foram mapas que a gente não tinha muito material. Por exemplo, a Sunset a gente não tinha esse material, enquanto a Lotus nós já tínhamos. Porém, essa mudança de função, na minha visão, não acho foi algo determinante.”
Estrear em um campeonato mundial não é fácil. Agora, quando analisamos que essa estreia era contra as atuais campeãs mundiais e favoritas, acaba deixando ainda mais complicado. Isso sem considerar a derrota, que deixa a situação do time complicado, sem uma margem para erro. Quem comentou sobre isso, foi a Bizerra, que também estava tendo a sua primeira experiência internacional:
“Acredito que, nesse jogo, a gente teve muita dificuldade em torno do time em si, na comunicação. Nós estávamos realmente muito ansiosas, mas, antes disso, a gente não tava se preocupando muito por ser a G2. A gente já tinha visto alguns jogos delas e elas não estavam performando tão bem quanto elas estavam performando no ano passado. Então, não era algo que a gente tava focando. Nosso foco estava mais no nosso time e eu não acredito que isso foi um problema para gente, nem antes, nem agora e não vai ser depois também. A gente sempre vai focar no nosso time.”
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O Chamber, escolhido pela Liquid, na Sunset, acabou surpreendendo bastante. Por mais que elas tivessem problemas com a coleta de informação, a Bizerra, com o seu agente, estava conseguindo performar bem. Contudo, durante o jogo, parecia que a G2 estava fazendo um trabalho de caça, buscando tirar a jogadora do lugar. E, quando isso acontecia, o ritmo da Liquid diminuía. Em cima desse contexto, a Bizerra comentou um pouco mais dessa escolha e do sentimento dentro de jogo:
“Eu realmente senti isso. Senti que elas estavam procurando bastante, me caçando durante todo o jogo. E, quando elas me achavam, elas acabavam fazendo duas coisas: ou elas me faziam splitar, ou elas tentavam me tirar de posição. Com isso, faziam com que as meninas tivessem que se movimentar, o que acabava com a G2 pegando elas no caminho.
Sinto que elas estavam jogando realmente para me tirar de posição. Então, eu acho que é por isso que eu não tive muitas oportunidades na defesa, porque elas estavam me focando bastante. E esse foco acabou fazendo com que o meu jogo, principalmente na defesa, fosse um pouco mais disputado.”
Por mais que a Team Liquid Brasil tenha uma experiência internacional, essa é a primeira vez de algumas jogadoras. Bizerra, Joojina e isaa estrearam, pela primeira vez em um campeonato internacional. Por mais que a estreia tenha sido com um derrota, elas estão tendo um gostinho diferente. Então, tendo isso em vista, a isaa comentou como está sendo essa oportunidade:
“Eu acho que a gente está aproveitando bastante. Apesar da gente estar no nosso país, ainda assim é algo uma experiência muito diferente, uma experiência muito grandiosa, onde a gente está conseguindo aproveitar bastante. Mesmo com a derrota hoje, o campeonato ainda não acabou. Então, a gente ainda tá muito animada para continuar e muito feliz de estar aqui.”