E a Team Liquid se consagrou, mais um vez, como a grande campeã do Game Changers. Com esse título, a equipe se torna tricampeã, onde nenhuma outra equipe chegou a vencer. Essa vitória, porém, teve um gosto especial – estreia das três novas jogadoras, isaa, bizerra e Joojina e em cima da grande adversária LOUD. Confira como foi essa partida, que foi finalizada com um resultado de 3-0, em placares bem unilaterais.
Team Liquid x LOUD – Um show da Cavalaria no Game Changers

Um dos confrontos mais aguardados do Game Changers foi entre a LOUD e a Team Liquid. De um lado, uma equipe extremamente consolidada e invicta, conquistando todos os Game Changers do Brasil. Do outro, as adversárias, equipe que chegou em uma organização tradicional e buscam superar a Cavalaria.
Ambas as equipes haviam se enfrentado mais cedo no campeonato, pela final da chave superior. Nesse primeiro encontro, a Liquid conseguiu sair com a vitória, por 2-1, com mapas bem apertados. Contudo, parece que o jogo foi um material completo para estudo, pois a Cavalaria se aperfeiçoou e venceu por 3-0 na Grande Final.
O primeiro mapa escolhido pela Liquid, para o confronto, foi Haven. Na primeira metade, vimos a LOUD começando um ataque, conquistando as duas primeiras rodadas e depois abrindo um placar de 4-2. Contudo, a defesa da Cavalaria começou a entender o estilo que estava sendo aplicado pelas adversárias e viraram, por 8-4.
Na troca de lados, a LOUD até tentou se reerguer, mas a vantagem do placar estava bem complicada. Além disso, o mapa é conhecido por ter um ataque mais favorável. E, aproveitando disso, a Liquid fechou o mapa por 13-7, vencendo o primeiro da série e a sua escolha.
Na Lotus, vimos uma postura bem diferente por parte da Liquid. Por ser um mapa de escolha da LOUD e onde elas chegaram a jogar anteriormente, a leitura já estava feita. Optando começar na defesa, a Liquid conseguiu fazer algo absurdo – abrir um 8-0 e virar o mapa por 10-2. Na troca de lados, a LOUD não conseguiu voltar bem e o mapa finalizou em 13-2.
Por fim, chegou a vez da Icebox, o terceiro e último mapa. Dessa vez, a LOUD conseguiu construir uma vantagem no placar, mesmo que baixa. Com uma defesa bem inteligente, as jogadoras estavam conseguindo segurar os avanços coordenados da Liquid. No fim, os lados se inverteram, com um placar de 7-5 para a LOUD.
Contudo, na virada, foi o momento da defesa da Liquid, que foi implacável. Foram oito pontos conquistados em sequência, sem deixar qualquer brecha de respiro para a LOUD. Com isso, o mapa fechou em 13-7, finalizando a série e entregando o título para a Team Liquid.
A MVP da série foi para a manita, bstrdd, que continua mostrando um estilo muito sólido, recebendo destaque a cada campeonato no qual participa. Sua participação na final do Game Changers rendeu números absurdos, como:
- 330 de Pontuação Média de Combate
- 82 de KAST
- 18 Primeiros abates
- 65/29/9 de KDA
- 203 de dano médio por round
“Isso serviu para mostrar que chegamos para somar”
Após a vitória da equipe, todo o time da Team Liquid BR foi para a coletiva de imprensa, conversar sobre o título, partida e planos futuros. Um dos pontos levantados durante a coletiva, foi a estreia das três novas jogadoras – Joojina, bizerra e isaa. Todas estiveram em um campeonato muito importante e conquistaram um título para a equipe. Bizzera contou um pouco como foi conseguir conquistar o troféu:
“Foi realmente algo muito importante. Isso serviu para mostrar que chegamos para somar, junto com as meninas (Daiki e bstrdd). Por termos um carinho muito grande umas com as outras, esse título acabou tendo uma sensação maior ainda. Saber que estávamos carregando o peso do manto da Liquid, em um campeonato importante e presencial, nos ajudou a motivar para chegar mais e mais longe.”
Quando se compara os dois confrontos entre a Liquid e a LOUD – um na final da chave superior e outro na grande final – vemos uma diferença grande na performance da Cavalaria. Inclusive, o mapa onde aconteceu o mapa mais elástico, Lotus, foi onde houve um resultado de 14-12 para a Team Liquid. Bstrdd contou um pouco como foi a preparação para esse confronto:
“Nós nem chegamos a treinar o mapa Lotus. Entramos para a série focando em uma única coisa – jogar o nosso jogo. Acredito que a nossa vitória se deve a termos jogado dentro do nosso estilo e não no delas.”

A preparação para uma grande final deve ser feita com bastante cuidado e análise. Entrar em jogo imaginando resultados apertados, é uma forma de se preparar para qualquer eventualidade. Daiki contou um pouco sobre como foi a série, se existia algum receio de jogar em algum outro mapa da série ou dos que foram banidos:
“Todos os mapas dessa série, incluindo os que banimos, sinto que estávamos 100% preparadas. Até mesmo a Icebox, um mapa que não chegamos a jogar no Game Changers, mas que possuímos uma confiança grande nele. Inclusive, ele era o nosso grande triunfo. Querendo ou não, o simples fato de não ter jogado ele no campeonato, o torna uma grande carta na manga. As nossas adversárias sempre vão ficar com uma ‘pulga atrás da orelha’, questionando o que fazemos ou não fazemos nele.”
Sem sombra de dúvidas, a Team Liquid, no cenário inclusivo de VALORANT BR, é um time imbatível. A equipe não conheceu a derrota e, desde a sua entrada no cenário, dominou todos os campeonatos. Joojina comentou como é jogar em um time tido como o que deve ser abatido:
“Essa questão, de jogar em um time com tantos títulos e visto como o grande objetivo de superação, é uma das questões mais feitas para nós. Na minha visão, eu sentia pressão antes de entrar na Liquid. Depois, percebi que temos que apenas jogar dentro do nosso estilo. Nós, como um time, sabemos entender o que precisamos acertar e corrigir, com isso, o resultado apenas vem, como foi agora.”

Finalizando a coletiva, uma das questões levantadas, ainda sobre o fato da Team Liquid ser o time a ser batido, foi sobre os desafios de se manter no topo. Além de ter que se reinventar sempre, são diversos olhares voltados apenas para eles. Palestra, técnico da equipe, disse como é esse processo e os desafios para isso:
“Vou aproveitar essa pergunta e vou parafrasear o treinador de futebol, Bernardinho – Quando você é campeão, a próxima preparação tem que ser sempre muito mais intensa, não dá para abaixar a guarda, porque senão, eles vão chegar em você. Então, pensando nisso, a nossa metodologia segue mais ou menos isso. Durante a nossa próxima preparação, vamos nos dedicar muito mais, preparar muito mais. Nós não pensamos que somos imbatíveis. Mantemos sempre os pés no chão e focamos, internamente, que precisamos nos superar sempre.”
Quer saber mais sobre o mundo do VALORANT? Confira essa entrevista com o jogador Raafa, capitão da The Union, contando sobre a vitória da equipe e sua jornada no mundo dos Esports. Confira, clicando aqui!