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A MIBR teve uma estreia e tanto, contra a atual campeã mundial, LOUD. Mesmo com o resultado negativo, por uma derrota por 2-1, os frutos colhidos foram enormes. Após o fim do jogo, heat concedeu uma entrevista exclusiva, contando um pouco sobre a adaptação da equipe, informações sobre a partida. Confira, com detalhes, logo abaixo:

“Na minha opinião, o resultado, mesmo com a derrota, foi muito satisfatório”

Time da MIBR, antes da sua partida contra a LOUD, pelo VCT Américas
Time da MIBR, antes da sua partida contra a LOUD, pelo VCT Américas – Fonte: Divulgação/VALORANT Championship Tour Americas Flickr

O jogo de vocês contra a LOUD foi um jogo extremamente emocionante. Mesmo que vocês não tenham conseguido a vitória, o resultado conquistado foi bem importante. Conseguiram tirar um mapa deles e ainda deixaram o último no sufoco. Como você avalia a performance de vocês nesse confronto? Houve uma emoção a mais, por estar enfrentando um dos times mais fortes do cenário atual de VALORANT?

Nossa série contra eles foi bem emocionante, como pode ser visto nos placares. Na minha opinião, o resultado, mesmo com a derrota, foi muito satisfatório. Conseguimos bater de frente contra o campeão mundial e vice do LOCK//IN. Nossa equipe é muito nova e sabemos que precisamos de um tempo para as coisas se ajustarem. Então, ter uma partida de estreia como essa e conseguir performar bem, serviu de muita coisa para nós.

Um dos fatores que deve trazer um impacto forte para vocês aí é a mudança para os EUA. Como está sendo esse processo de adaptação? Conseguiu se acostumar com a nova rotina ou ainda existem coisas que estão sendo difíceis de se acostumar?

Estamos aqui nos Estados Unidos há umas duas semanas. Posso dizer que na primeira semana foi bem difícil. Porém, com o passar do tempo, conseguimos ir nos ajeitando e as coisas foram se acertando. Em um contexto geral, estamos passando por esse processo de adaptação muito bem. A MIBR junto da Immortals, está nos ajudando muito aqui, então essas dores de cabeça, de mudança, adaptação, burocracia, foram todas sanadas.

Agora, sobre os treinos, como está sendo essa nova experiência? Por muito tempo, você jogou contra equipes brasileiras e no LOCK//IN pôde experimentar um pouco sobre o que seriam as franquias. Agora, estando em Los Angeles, como estão sendo os novos treinos?

Sobre os treinos, uma coisa já deu para perceber – querendo ou não, o NA vai se tornar uma das melhores regiões do mundo. Isso não estou dizendo sobre os times da franquia. A região está crescendo muito, com a chegada dos 10 times selecionados. O nível está bem elevado e eles estão absorvendo muita coisa com a gente. E o contrário também serve. Temos muitas opções de treino aqui e conseguimos aproveitar bem cada um deles.

Heat, um dos duelistas com maior destaque no cenário de VALORANT brasileiro
Heat, um dos duelistas com maior destaque no cenário de VALORANT brasileiro – Fonte: Divulgação/VALORANT Championship Tour Americas Flickr

Uma das questões que foi comentada bastante, pelos jogadores que mudaram para os EUA, foi a qualidade das partidas ranqueadas do NA. Dgzin conversou com a gente e disse que parece que existe um sentimento que as partidas são muito mais ‘for fun’. O que você está achando da fila ranqueada, aí nos Estados Unidos?

É realmente bem complicado as partidas ranqueadas aqui. Os jogadores parecem não se importar com nada e querem apenas jogar. São raros os momentos onde existe alguma estratégia envolvida e é bem comum ver insta pick em bonecos, principalmente Jett e Reyna. Contudo, eu acredito que, com o tempo, isso vai mudando. Somos muitos jogadores e exigimos cada vez mais uma qualidade maior. Estamos buscando melhorar, passando informações e jogando corretamente. Além disso tudo, uma coisa que posso elogiar a região é a mira. Os jogadores possuem muita mira e isso nos faz treinar bastante o nosso tempo de resposta.

Infelizmente, durante o LOCK//IN, não conseguimos ver muita coisa sobre vocês. Acabaram sendo eliminados cedo, contra a Talon Esports, em um jogo bem atípico. Contudo, agora, após o jogo contra a LOUD, já foi possível ver uma grande diferença de comportamento. Quais foram as principais mudanças da MIBR quando vimos aqui no Brasil e que estamos vendo agora, nos Estados Unidos?

Nós tivemos muitos problemas na nossa partida contra a Talon. Na época, até em treinos, tínhamos muitas dificuldades em jogar contra times que possuem um ritmo mais agressivo. Se fosse uma equipe que possuísse um estilo mais cadenciado, com montagem de setup e um estudo melhor, acredito que poderíamos ter mostrado mais do nosso poder. Com isso, aprendemos que essa era a nossa maior fraqueza e começamos a trabalhar em cima dos nossos erros. É apenas uma questão de tempo e de se manter sempre evoluindo. Acredito que nem começamos aqui no VCT Américas e muita coisa ainda está por vir.

Antes de ir para a MIBR, você ficou por muito tempo na Vivo Keyd. Com isso, deve ter se acostumado a jogar dentro do mesmo estilo e no mesmo padrão. Agora, mesmo tendo mudado com alguns jogadores, você está numa nova equipe, que possui uma outra mentalidade. Como está sendo isso para você? Quais são as dificuldades de estar aprendendo um novo modo de jogar e agir?

Nós adotamos um estilo de jogo mais dentro dos fundamentos básicos do FPS. E é bem diferente do que eu tinha no meu antigo time. Não existe um melhor ou pior, são apenas estilos diferentes, para uma época diferente e jogadores diferentes. Sei que temos jogadores muito bons e uma coaching staff bem profissional, com isso, podemos chegar em locais mais longes e com resultados bem positivos. Agora, é dar tempo ao time e tudo vai se encaixar como deve ser.

Heat durante a sua partida de estreia, pelo VCT Américas, contra a LOUD
Heat durante a sua partida de estreia, pelo VCT Américas, contra a LOUD – Fonte: Divulgação/VALORANT Championship Tour Americas Flickr

Por fim, a próxima partida de vocês é contra a KRÜ Esports, um time que já foi um grande carrasco do Brasil. Eles tiveram a estreia deles contra a FURIA, perdendo por 2-0 e acredito que você deve ter observado algumas coisas deles. O que você espera para essa partida?

Eu espero que seja um jogo bem pegado, eles são um time bem cascudo. Já tive a oportunidade de jogar contra eles várias vezes, seja em partidas oficiais ou até mesmo em treinos. Conheço o potencial deles, mas também sei como eles vão jogar. Além disso, a partida contra a FURIA serviu como um belo demonstrativo do que eles podem oferecer. Precisamos ficar atentos e não deixar o jogo fugir do nosso ritmo. O jogo contra a LOUD foi bom, mas não estou contente e vou buscar a nossa primeira vitória no VCT Américas.