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Depois de vencer da DRX, classificando para a Grande Final do VCT LOCK//IN, a LOUD foi para a coletiva de imprensa. Com os jogadores bem animados, mas centrados, eles disseram sobre diversos assuntos. Desde o impacto da torcida, nos momentos decisivos, até sobre o fato do Less ter entrado em jogo passando mal. Confira, com detalhes, o que os jogadores falaram:

“Não imaginava que a gente fosse chegar tão longe”

Saadhak, durante a coletiva de imprensa, com os doguinhos do Aspas bem ao lado
Saadhak, durante a coletiva de imprensa, com os doguinhos do Aspas bem ao lado

Desde que foi anunciado as mudanças da LOUD, muitas dúvidas ficaram pairando no ar. A perda de Sacy e pANcada foi algo muito impactante para mídia e, para ajudar, foram anunciadas mais duas promessas do cenário. Além de serem dois novos jogadores, ambos não possuíam tanta vivência no cenário profissional. A estreia deles acabou sendo em um palco internacional, que deve ter gerado muito nervosismo e ansiedade.

Saadhak, o capitão da equipe, sempre comenta sobre o quanto os jogadores andam evoluindo.

“Nós viemos para o LOCK//IN com o intuito de aprender. Queríamos dar aos nossos novos jogadores a chance de crescer. Eles foram muito melhores do que qualquer um esperava. Não imaginava que a gente fosse tão longe e chegar em mais uma Grande Final tão rápido. Me orgulho do crescimento dos ‘meus meninos’ e acredito que isso é apenas o começo.”

Quando foi anunciado o LOCK//IN, apenas uma coisa ficou na cabeça dos torcedores brasileiros – ver a LOUD jogando ao vivo. Desde a estreia da LOUD, a torcida compareceu em peso. A cada jogo, era mais e mais barulho, fazendo um show incrível. Saadhak falou um pouco sobre como está sendo a experiência de jogar com uma torcida.

“Está sendo uma experiência incrível. Tinha vezes que a gente não conseguia escutar o que estávamos falando. O brasileiro grita demais. É muita paixão envolvida, algo que é incrível. Eu só tenho que agradecer por estar em mais uma final e no Brasil.”

Quando a partida finalizou, Less, jogador da LOUD, postou que estava passando mal desde o começo e que estaria indo ao hospital, para poder consultar. Mesmo com toda adversidade, o jogador entregou uma performance impecável, jogando como sempre e não deixando abalar:

“Nós, além de pessoas, somos jogadores profissionais, atletas. A gente sabia que o Less não estava bem, passou muito mal de noite e acordou hoje sem nenhuma melhora. Não ficamos preocupados com a queda de performance dele. Ele é um atleta, um jogador profissional. Ele entregou o 100% dele dentro de jogo. Nós ficamos muito felizes com o posicionamento dele, porque é um profissionalismo muito importante.”

Contudo, essa não foi a única baixa da equipe. Aspas disse na entrevista internacional que estava sentindo fortes dores no braço. O jogador afirmou ter sentido dores um dia anterior, mas que procurou o fisioterapeuta da LOUD, que o ajudou com uma série de massagens e alongamentos. Nos dois primeiros mapas, ele estava bem tranquilo, mas logo depois a dor voltou, diminuindo a sua performance.

Um dos fatores que vem sendo muito trabalhado na LOUD, é a mudança do modo de jogar. Com a chegada do cauanzin, tuyz e fRoD, o estilo começou a ser formado. E, uma das surpresas, é o Saadhak aparecendo como o segundo duelista, usando a Raze.

“O fRoD é uma pessoa que gosta muito da tática de dois duelistas. Essa composição acaba dando muita imprevisibilidade. Além disso, nos permite ser mais agressivos dentro de jogo. Isso faz com que possamos ter mais opções de como jogar em certos mapas, deixando os nossos adversários perdidos.”

Como dizem os torcedores brasileiros: “Se não tem emoção, não é Brasil e não é LOUD.”. Abrir 2-0 e depois tomar o empate é algo bem complicado. Se não existir um trabalho emocional, o jogador pode entrar no famoso estado de ‘tilt’ e começar a performar mal. Tuyz contou um pouco como foi controlar as emoções nesse tipo de situação:

“Nosso psicólogo tem um trabalho bem forte com a gente. Sempre focamos no ‘mapa a mapa’, ou o famoso MD1. Cada mapa que a gente entrava, era um novo mapa e o placar pouco importava.”

Cauanzin durante a coletiva de imprensa, após vencer da DRX
Cauanzin durante a coletiva de imprensa, após vencer da DRX

Cauanzin complementou depois:

“Eu achei muito estranho conseguir fazer um 2-0 em cima da DRX. Acho que eles são um time muito bom. Era perceptível que eles iam tentar inovar. Por isso que eles acabaram ganhando dois mapas. Graças ao nosso psicólogo e nosso trabalho como um time, soubemos lidar bem com isso e evitar com que isso nos abalasse. Além disso, estamos fazendo o que amamos. Jogamos com a melhor equipe coreana, ao lado da torcida brasileira. Isso só reforça o quanto amamos jogar e nos ajuda a nos manter no caminho certo.”

Ter a torcida ao seu lado, pode ser uma faca de dois gumes. A pressão de ter que apresentar um resultado positivo, por conta da multidão ao seu redor, pode deixar os jogadores impactados. Contudo, de acordo com o cauanzin, a realidade é outra:

“Antigamente, quando eu ainda não tinha tido a experiência de jogar com torcida, eu achava que ter ela ao seu lado, poderia trazer uma pressão bem forte. Contudo, agora, com o LOCK//IN, a minha mentalidade mudou. Eu sinto uma energia boa vindo deles. A cada ponto, sentimos o chão vibrar. Quando acaba o mapa, eles estão lá, gritando e fazendo festa. E mesmo na derrota, não paramos de ouvir a torcida. Eu sinto que isso nos motiva. Querendo ou não, ajuda a gente ficar motivados para crescer e apresentar o nosso melhor.”