A MIBR teve uma estreia bem complicada no VCT Américas, jogando contra a LOUD. Mesmo com a derrota, por 2-1, o clima era de uma grandiosa partida, Frz, jogador da MIBR, conversou com exclusividade, sobre a partida, evolução do time, expectativas e adaptação nos Estados Unidos. Confira, com detalhes, logo abaixo:
“Dá pra ver também porque eles são o top 2 e top 1 do mundo”
A série que vocês tiveram com a LOUD foi uma série bem pegada. Vocês conseguiram ter placares bem apertados. De um time que é o recém-campeão mundial e que todo mundo comenta o time pra ser batido. Queria saber isso de você. Como é que foi essa série na sua opinião?
Cara, foi uma série bem intensa. O primeiro mapa, Split, era o mapa deles e por isso nós já estávamos esperando que eles iam vir bem forte. Eles estavam com uma composição diferente também da que eles estavam usando nos campeonatos passados. Estão usando o Geeko agora, que traz um ar de imprevisibilidade no estilo de jogo. Querendo ou não, a gente já sabia que ia ser mais difícil o primeiro mapa.
Agora, na Lotus, a gente ficou bem mais confiante. Principalmente por conta que foi o mapa que a gente estava treinando melhor. A gente sabia tudo que a gente tinha que fazer no mapa. E a Haven foi aquela doideira que todo mundo viu. Foi muita leitura de todos os times, tentando dar um passo à frente. Eu conheço bastante o Saadhak. Eu sei bastante do jeito que ele pensa. Então foi bem pegada essa série. Dá pra ver também porque eles são o top 2 e top 1 do mundo.
Aproveitando isso que você falou do Saadhak. Queria saber de você como foi você enfrentar esse antigo companheiro seu de equipe. Deve ter batido uma nostalgia muito grande.
Bateu com certeza. Ele foi um cara que, querendo ou não, eu joguei minha vida toda com ele, não só no Valorant, mas também no outro jogo que a gente jogava juntos (Paladins). Lógico que, na hora ali, você está trocando tiro e acaba nem olhando quem está jogando contra. Você não fica olhando os nicknames. Mas antes de entrar no jogo, bateu um pouquinho essa nostalgia, do tipo – Caramba, estou jogando contra ele agora. Foi bem legal isso.
Além de reencontrar o seu antigo companheiro, você agora voltou a jogar com o seu antigo treinador, bzka. Como está sendo essa experiência? Na época da Vikings, tudo era diferente, mas agora, na MIBR, são novas coisas e novas pessoas.
Tá sendo muito bom. O bzka é um cara que eu tenho muito carinho. Eu conheço muito bem ele, desde a VKS. A gente se entende muito bem., temos ideias bem parecidas, sobre táticas, estilo de jogo e como executar nas partidas. Está sendo muito bom voltar a trabalhar com ele, isso sem falar que agora reencontramos após ele ter sido campeão mundial
Durante um tempo, desde que você saiu da Vikings, você passou por alguns outros times. E veio na MBR e foram selecionados para a franquia. Qual foi o sentimento de saber que você ia fazer parte da franquia do VCT?
Cara, foi uma mistura de sentimentos. Não sabia o que pensar na hora. Acho que é mais de estar realizando o sonho mesmo. Acho que é o sonho de qualquer jogador profissional. Qualquer pessoa que compete profissionalmente deseja e almeja estar no topo do seu jogo ou da sua região. Isso sem contar estar disputando contra os melhores. Então, foi mais ou menos isso. Fiquei muito orgulhoso. É uma forma de ser recompensado por todo o trabalho árduo.
Quando vocês participaram do LOCK//IN, vocês não tiveram uma estreia muito boa contra a Talon. Teve aquela infelicidade que vocês perderam logo na partida de estreia. Contudo, o que eu queria saber de você é – Qual é a diferença, na sua visão, da MIBR do LOCK//IN para a MIBR que hoje estreou contra a LOUD?
Cara, são várias coisas. Eu acho que as principais são: A gente se conhece melhor agora. Nós tivemos mais tempo de treino, mais tempo de convivência. E isso faz e fez muita diferença. A Talon, que foi o time que a gente jogou contra, no LOCK//IN, era um time que já tinha uma base bem sólida. Eles já se conheciam antes, já participaram de vários campeonatos internacionais. E quando chega na hora do palco, isso é uma coisa que faz muita diferença.
Além disso, eu acho que a nossa virada de chave acabou acontecendo depois do LOCK//IN. A forma que a gente treinou, deixou bem claro quais eram os nossos problemas. Não só dentro de jogo, mas também na rotina e tudo. A questão da comunicação também. Então a gente absorveu todas as coisas que errou nesse campeonato e começamos a trabalhar em cima disso. Agora, aqui no VCT Américas, estamos colhendo os resultados dessas semanas de treino pesado e constante.
Agora sobre a sua adaptação de vocês aí nos Estados Unidos. Muitas pessoas comentaram que está um pouco difícil. É estar longe da família, amigos, outra cultura, uma rotina bem diferente. Como é que está sendo para você? Já conseguiu se adaptar ou ainda está um pouco complicado?
Cara, eu acho que a minha adaptação foi tranquila. Até porque eu já morei aqui nos Estados Unidos. Isso foi há alguns anos atrás, no meu antigo time, de outro jogo. Então já vivenciei as coisas que tem aqui. Já sei o que a gente tem que fazer, as comidas, onde ir e tudo mais. Então para mim está sendo tranquilo. Acho que tem que ver mais com o pessoal mais novo, com os jogadores mais novos, que vieram agora. Contudo, até então dá para ver que eles estão bem tranquilos também.
Como é que está sendo trabalhar com alguns jogadores novos? Porque você estava em uma base na MIBR. Quando teve o anúncio da franquia, houve uma grande mudança. E tem um nome com vocês que é do heat, que querendo ou não, é um nome que traz bastante peso. Um jogador que teve um destaque muito grande no Brasil. O que eu queria saber de você é como é que está sendo essa adaptação da nova equipe? As coisas estão fluindo bem?
Cara, é aquilo que eu falei na outra pergunta da Talon. No começo, sempre vai ser um pouquinho mais complicado, até a gente alinhar as ideias. Porque é muita gente que veio de time diferente, o que não tem nenhum problema.
Haviam três jogadores que tinham vindo da Vivo Keyd, o heat, RgLM e o murizzz. Porém, já tinha eu que era do MIBR. Além disso, tinha o bzka, que era da Loud. Só aí já são três cabeças que pensam diferente, que possuem outras vivências e precisam de uma adaptação.
Então até a gente conseguir alinhar nós seis para fazer a mesma coisa, demora um pouquinho de tempo. Porém, agora que já estamos no VCT Américas, nesse primeiro jogo, já deu para perceber que a gente está muito mais alinhado. Mais em conexão do que a gente quer fazer no jogo. Então a gente está cada vez melhorando isso.
Para finalizar, queria saber do próximo confronto de vocês contra a KRÜ. Você chegou a ver um pouco do jogo deles ontem? E o que você acha? Como vai ser essa série contra eles?
Cara, eu vi um pouquinho. Não vou mentir, eu não vi tudo, porque a gente estava treinando, inclusive, esse horário. Como sempre, jogar contra a KRÜ sempre é um jogo difícil. Acho que a FURIA conseguiu desencantar essa zica que a gente tinha contra eles.
Então, a gente respeita os caras, sabemos que eles possuem vários jogadores bons individualmente, além de um tático bem montado . E é aquilo, a gente vai fazer o mesmo trabalho de sempre. Vamos focar no nosso, vamos continuar treinando bem, para chegar bem confiante para o jogo.