Depois de uma estreia emocionante contra a T1, a FURIA jogou contra a Fnatic. A equipe europeia já estava vindo para o LOCK//IN como uma favorita. Na sua estreia, eliminaram a Sentinels, de Sacy e pANcada. Agora, eles fizeram mais uma vítima, a brasileira FURIA. Agora eles enfrentam a norte-americana 100 Thieves, enquanto a brasileira dá o seu adeus a competição.
FURIA x Fnatic – Uma partida cheia de emoções

O confronto começou com um hype imenso. Durante o ano de 2022, as equipes se encontraram em uma partida decisiva, pelo Champions. Nesse momento, os brasileiros foram eliminados, deixando um sabor amargo na derrota. Então, quando chegou a possibilidade de tal reencontro, muitos estavam empolgados.
Infelizmente, os europeus mostraram um jogo com uma leitura em dia. O placar de 2-0 mostra algo que não condiz com a realidade. Mesmo não fazendo um ponto na série, a FURIA entregou um nível bem alto, mostrando uma evolução grandiosa.
Na Haven, vimos a FURIA escolhendo jogar no lado mais desfavorável, a defesa. Durante sete rodadas, apenas a Fnatic pontuava, fazendo crescer uma vantagem absurda. No fim, a FURIA foi para o ataque, perdendo por 8-4. Então, com a troca de lados, foi o momento de brilhar da Pantera. Eles conseguiram devolver o placar aos seus adversários e levaram para a prorrogação.
As equipes estavam intercalando pontos, conseguindo execuções no mais alto nível. Em momentos, a FURIA estava na decisão, em outros, a Fnatic virava e ficava perto de fechar. Depois de cinco prorrogações, o mapa foi fechado, marcando a vitória dos europeus, por 18-16.
Na Ascent, novamente vimos a FURIA atrás no lado inicial. A equipe conseguiu abrir um placar de 4-1, mas acabou vendo, depois de uma pausa tática, uma defesa impenetrável. A Fnatic começou a entender o ritmo dos brasileiros e neutralizou diversas táticas. Com isso, eles fecharam a primeira metade em 8-4.
Por conta da vantagem, era difícil para a FURIA se recuperar. Mesmo com um início bom, o ataque da Fnatic encaixou bem. Então, o mapa finalizou em 13-9, marcando o fim da jornada brasileira. O MVP da série foi o Leo, que jogou de Sova nos dois mapas.
Coletiva com a FURIA, após o jogo

Depois que acabou a partida, os jogadores da FURIA, mais o treinador, foram para a coletiva de imprensa, responder perguntas dos jornalistas. O clima não era dos mais agradáveis e não era para menos, a derrota tinha deixado uma marca na equipe. Todos estavam bem abatidos, mesmo com o resultado de melhoria crescente.
Uma das peças que teve uma melhoria notável foi o novo integrante da equipe, mwzera. No início da sua carreira, ele se destacou pela sua Raze mortal. À medida que o tempo foi passando, ele foi migrando de posição para um iniciador. Agora, na FURIA, a melhoria do jogador foi algo notável, conseguindo impactar positivamente com os seus recursos. O jogador comentou um pouco sobre isso:
“Antigamente (na Vivo Keyd), eu jogava como Iniciador e Duelista. Meu foco ficava espalhado e eu não conseguia me concentrar tanto. Quando fui eliminado, comecei a focar mais nos Iniciadores, aprendendo as mecânicas, para me consagrar como jogador na função. Na FURIA, eu sou o Iniciador da equipe e por isso vocês conseguiram ver tanta melhoria no meu modo de jogar.”
Carlão, técnico da equipe, também comentou sobre a evolução do jogador e como está sendo treiná-lo:
“O mw é um jogador muito inteligente. Mesmo chegando depois no time, ele soube absorver a ideia que a gente já tinha e adaptar a ela. Acredito que ele é um dos jogadores mais inteligentes que eu já treinei. Ele é um cara diferenciado e o seu potencial ainda não está bem perto do máximo.”.
Sobre a evolução do time, Carlão voltou a falar:
“Nós aprendemos a ter mais calma na hora de tomar algumas decisões. Conseguimos parar a afobação, concentrar no que tem que ser feito e trazer o plano para dentro do jogo. Na nossa partida contra a T1, soubemos estudar bem o que eles estavam fazendo. Contra a Fnatic, infelizmente aconteceu o contrário, mas isso não tira o mérito dos jogadores, que conseguiram impor o jogo deles.”.
Por ter um formato extremamente apertado, muitas equipes acabam deixando a competição cedo, como foi o caso da MIBR. Contudo, mesmo assim, o aprendizado, por jogar e treinar com times do mundo todo é grande. Carlão disse um pouco sobre a visão dele sobre o assunto:
“Um campeonato com esse formato (eliminação simples), não se pode cometer alguns erros e acabamos cometendo. O teste foi bem válido. Conseguimos provar, não só para nós, que somos um time bem preparado. Temos muito para evoluir ainda e vamos melhorar, para a Ligas das Américas. Muitas pessoas tinham uma visão sobre o que era a FURIA, antes do LOCK//IN e agora mudaram, depois da nossa performance. Mesmo sem o resultado desejado, mostramos a nossa evolução e queremos seguir crescendo.”.
Finalistas do VCT LOCK//IN e as chances de Brasil
As etapas iniciais do LOCK//IN acabou, dando início aos playoffs. Dois times do grupo Alpha e dois do Ômega vão se enfrentar, para definir os finalistas. A brasileira LOUD vai jogar contra a asiática DRX, pelo grupo Alpha. No Ômega, a Fnatic vai jogar contra a NaVi, um jogo entre dois times da EMEA.
As esperanças do Brasil e das Américas, está toda nas mãos da LOUD. Os brasileiros e campeões mundiais tem todo o hype em cima deles. Além de defenderem o troféu, a torcida está 100% a favor. Os próximos jogos acontecem nos dias 02, 03 e 04, sendo o último dia a grande final.